SwarmSketch (2008), de Peter Edmunds
Projeto de produção distribuída de conteúdo. A cada semana, o programa escolhe aleatoriamente um termo popular de pesquisa que serve de base para o esboço para a semana. Quando um desenho atinge mil traços, uma outra chamada de trabalhos é realizada.
Tira de série Anti-Social Networking, de Reggie Bustinza
Muito se fala a respeito do papel comunicativo das redes sociais; é como se elas tivessem sido analisadas apenas por arautos da escola de Frankfurt, e toda a sua racionalidade fosse resumida apenas a uma ação comunicativa.
Mas o papel delas vai muito além do jardim. É possível dimensionar as redes sociais por meio de outro tipo de ação, muito mais afeita à transmissão de cultura. E, por que não dizer: na construção coletiva de objetos estéticos. Tais objetos poderiam ser englobados dentro de uma categoria hipotética chamada “arte das mídias sociais”. Alguns exemplos:
An Instagram Short Film (2013), de Thomas Jullien
Um projeto que traduz o caos imagético do Instagram em um curta-metragem “dirigido” por uma multidão. O vídeo é composto de 852 imagens criadas por 852 usuários diferentes do aplicativo.
Facebook Demetricator (2013), de Benjamin Grosser
Aplicativo que subverte o mecanismo de métrica do Facebook que define o “valor” um usuário (números de “curtir”, números de compartilhamento de posts, etc.). A proposta é extrair as expressões algébricas, tornando o sistema independente de qualquer tipo de quantificação.
Jump! (2013), de Ricardo O’Nascimento
Um tênis que deixa um rastro, tanto físico como virtual. Dependendo do número de pulos dados pelo usuário, mensagens e fotos são transmitidas ao Twitter, Facebook ou Google Maps. O calçado é conectado a um aplicativo Android no Moto X via Bluetooth.
The Faces of Facebook (2013), de Natalia Rojas
Um projeto que mostra os 1.278.842.363 de rostos que povoam o Facebook em uma única página. A ordem é cronológica e não há invasão de privacidade, pois nenhuma informação do perfil é armazenada.
SK8MONKEYS ON TWITTER (2009), de JODI (Joan Heemskerk e Dirk Paesmans)
Projeto de arte interativa em que um teclado de computador se transforma em um skate. Os espectadores são convidados a ficar em cima da “prancha” que irá enviar palavras sem sentido para uma conta no Twitter. O resultado é puro absurdo, mas o que vale é o conceito e o processo.
Photography In Abundance (2011), de Erik Kessels
Trabalho elaborado a partir do download e impressão de um quarto de milhão de fotos postadas num período de 24 horas no Flickr. A proposta é trazer à tona a escala numérica de fotos enviadas diariamente ao site de compartilhamento de imagens fotográficas.
Data Will Help Us (2013), de Jonathan Harris
Um breve manifesto sobre as promessas e perigos escondidos detrás da expressão “big data”, espécie de solução para todos os problemas da humanidade, que englobam a análise de dados diversos, que cobrem áreas como educação, saúde, publicidade, namoro e guerra.
@tw1tt3rart (2009), de Matthew Haggett
Obra que popularizou o movimento Twitter art, que engloba ilustrações feitas com 140 caracteres para o ambiente da famosa rede social. Formas e até desenhos são elaborados graças ao Unicode, padrão composto por pouco mais de 107 mil caracteres.
Buscando Al Sr. Goodbar (2009), de Michelle Teran
O trabalho tem como conceito conectar vídeos no YouTube com as coordenadas geográficas da região de Múrcia, Espanha. O artista visitou a região via Google Earth e, em seguida, realizou uma viagem ao local físico para conhecer pessoalmente as pessoas que produziram os vídeos.
Listening Post (2010), de Mark Hansen e Ben Rubin
Instalação que captura fragmentos de texto em tempo real, a partir de milhares de salas de chat e outros fóruns públicos. Os textos são lidos por um sintetizador de voz e, simultaneamente, apresentados em uma rede suspensa composta por centenas de pequenas telas eletrônicas.
Twistori (2008), de Amy Hoy e Thomas Fuchs
Um aplicativo que captura textos enviados ao Twitter contendo expressões específicas compostas por palavras-chave (eu amo, eu odeio, eu acho que, eu acredito, eu sinto, eu desejo). O resultado é uma amostragem do espírito da época, ou melhor, sentimentos da época.
We Feel Fine (2006), de Jonathan Harris e Sep Kamvar
Site interativo que vasculha a internet a cada 10 minutos em busca de expressões sobre emoções humanas e, em seguida, exibe os resultados em várias representações dinâmicas. O projeto foi transformado em livro em 2009.
Hello World! Hello World! (2008), de Christopher Baker
Instalação composta por milhares de diários em vídeo recolhidos na Internet. O projeto é uma reflexão sobre a condição contemporânea da mídia, a participação democrática e o desejo humano de ser ouvido.
Ten Thousand Cents (2008), de Aaron Koblin e Takashi Kawashima
Trabalho de arte digital no qual milhares de pessoas – por meio do Mechanical Turk (ferramenta da Amazon que permite a coordenação de tarefas coletivas) – contribuíram para pintar uma das 10.000 partes de uma nota de 100 dólares.
Face to Facebook (2013), de Paolo Cirio e Alessandro Ludovico
Projeto calcado na apropriação de um milhão de perfis no Facebook e filtragem das imagens com um programa de reconhecimento facial. Em seguida, elas são publicadas em um site de namoro que classifica os casais por meio de suas expressões faciais.
The Sheep Market (2008), de Aaron Koblin
Uma coleção de 10.000 ovelhas criadas por trabalhadores por meio da ferramenta Mechanical Turk, da Amazon. A cada um deles foi pago US$ 0,02 para “desenhar uma ovelha de perfil olhando para a esquerda”.
Conteúdo elaborado especialmente para a seLecT expandida (edição #15), edição iPad