Oscar Oiwa expõe telas inéditas no Brasil na Galeria Nara Roesler
Legenda: Em Rescue Boat (2013), ondas gigantescas ameaçam engolir um grande navio, em uma tela onde o artista lança mão de estética e tema tipicamente nipônicos. (Reprodução)
Doze grandes “óleos sobre tela” retratam desastres, violentos episódios climáticos, impasses políticos e estados de calamidade, sempre ancoradas em fatos atuais. No traço, a influência de tradições orientais antigas, como a do ukiyo-e, estilo de pintura nipônico inspirado na xilogravura, temperada com influências contemporâneos, que encontram alguns paralelos na estética j-pop, a mesma dos animes e mangás.
Em Clima Tempestuoso, a primeira exposição de Oscar Oiwa na Galeria Nara Roesler, a calamidade é o tema que une as obra, alusivas a crises como o furacão Katrina, em referência indireta na obra Swirl (Redemoinho), de 2012, ou o mundo transtornado que inspirou os movimentos Occupy.
O traço e as temáticas de Oiwa formaram-se junto a sua trajetória de itinerância: filho de japoneses, o artista nascido em São Paulo mudou-se para Tóquio em 1991, durante o ápice da crise econômica, e lá ficou por 10 anos. Depois de uma passagem por Londres, estabeleceu-se em Nova York, onde vive e trabalha até hoje. Ele é um dos artistas que retrata o Brasil do futebol em seleção especial de cartazes para a Fifa, por conta da Copa, e é também o autor do cartaz da edição 2013 do Festival de Jazz de Montreaux.
A mostra Clima Tempestuoso fica em cartaz na Galeria Nara Roesler até 15 de junho.
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