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Ordem e Progresso, no Palais de Tokyo, em 2016 (Foto: Cortesia do artista)
Postado em 23/03/2017 - 3:53
De novo, porém novo
Héctor Zamora realiza pela terceira vez trabalho Ordem e Progresso em Portugal, usando referências locais
Luana Fortes

O mexicano Héctor Zamora não abriu mão do caráter inédito de Ordem e Progresso, cujo título faz referência ao positivismo de Auguste Comte. O trabalho já foi exibido em 2012, no Paseo de Los Héroes Navales, em Lima, Peru, e em 2016 no Palais de Tokyo, em Paris. No entanto, agora é montado em Portugal, usando referências locais.

De 22/3 à 24/4, a performance-instalação ocupa a Galeria Oval do Museu de Arte, Arquitetura e Tecnologia (MAAT) de Lisboa, recém inaugurado após haver encerrado atividades para reformas. A exposição faz parte da programação da Biennial of Contemporary Arts (BoCA) e da Capital Ibero-americana da Cultura, que em 2017 tem Lisboa como sede.

Imagens que registram o trabalho Ordem e Progresso, quando realizado em 2012, no Paseo de Los Héroes Navales, em Lima, Peru (Foto: Cortesia do artista)
Imagens que registram o trabalho Ordem e Progresso, quando realizado em 2012, no Paseo de Los Héroes Navales, em Lima, Peru (Foto: Cortesia do artista)

Na obra, em resposta à cidade em que o trabalho é exibido, foram utilizados barcos de pesca tradicionais portugueses, aludindo à tradição marítima presente na identidade do país. As embarcações, como ocorre nas outras edições da obra, são destruídas por um grupo de 30 trabalhadores, deixando, ao fim da ação, apenas destroços e ruínas para serem vistas.

Como é de praxe em sua produção, Ordem e Progresso propõe uma discussão de natureza sociopolítica na medida em que revela o perigo por trás da travessia de refugiados pelo mar Mediterrâneo em embarcações clandestinas.

SERVIÇO
Ordem e Progresso
MAAT
Av. Brasília, Central Tejo, 1300-598 – Lisboa
De 22/3 até 24/4
www.maat.pt