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Postado em 01/04/2015 - 6:41
Espaço performático antimonumental
da Redação

Hoje, dia 1º de abril, é a abertura de projeto de Cristiano Lenhardt‏ em novo espaço não convencional da Galeria Jaqueline Martins

Glory_bod

Legenda: (foto: divulgação)

Em 1974, Chris Burden entrou na sala da caldeira no porão de uma galeria e recebeu visitantes para conversas individuais, na performance The Visitation. Apesar da tensão iminente graças ao espaço e ao performer – conhecido pela ação Shoot, em que toma um tiro no braço em plena galeria –, as conversas transcorreram bem. Guardadas as diferenças de contexto, frisson semelhante forma-se com glory hole, novo espaço de projetos curatoriais da Galeria Jaqueline Martins, atualmente com o projeto Raree show 2, de Cristiano Lenhardt (foto), com curadoria de Bruno Mendonça. O local tem dimensões que fogem ao padrão convencional de espaços expositivos: fica sob a escada de acesso ao segundo andar e tem 2,15 x 1,38 x 0,90 centímetros. Grafado em caixa baixa, glory hole é performático, low profile e antimonumental. Na contramão da tendência de expansão que assola as galerias paulistanas. Um espaço sensacional sem sensacionalismo.

glory hole, Galeria Jaqueline Martins, Rua Virgílio de Carvalho Pinto, 74

*Selects publicado originalmente na edição #23