icon-plus
Fantasmas I (2014), de Lars Nilsson
Postado em 17/02/2016 - 11:14
Exposição Ghosts, de Lars Nilsson, no Instituto Tomie Ohtake
Luciana Pareja Norbiato

O Instituto Tomie Ohtake apresenta a partir desta quinta-feira, 18/2, uma série de oito esculturas do artista sueco Lars Nilsson, que opera num universo estético de leitura mais direta. “Nas obras que compõem Ghosts não há o recurso a conceitos, ‘apenas’ o mundo físico das coisas e das pessoas e o mundo físico da arte”, escreve Teixeira Coelho.

Para o crítico, as esculturas reunidas na exposição não fazem nenhum movimento em direção a alguma etérea ideia intelectual; “pelo contrário, tudo assume a forma de um gesto tectônico que se dirige e se prende firmemente ao material, ao concreto”.

Lars Nilsson, nascido em 1956 (Estocolmo, Suécia), tem-se dedicado ao vídeo e à pintura, além da escultura. Com a colaboração de Niklas Malmström, desenvolveu um método rápido de moldagem do corpo humano que ele define como “fotografia plástica”. Grava em vídeo a si próprio e as pessoas à sua volta para captar seus movimentos, realizados inconscientemente e que depois não podem ser repetidos de modo intencional. É isso, diz o artista, que lhe permite reproduzir em suas figuras essa sensação por ele descrita como temível, quase assustadora, como se fosse um corpo humano vivo.

Professor da Academia de Arte de Malmö entre 1996 e 2005, Lars Nilsson fez exposições no Magazin 3 e no Moderna Museet de Estocolomo; Palais de Tokyo em Paris; Museu Nacional da Dinamarca; Hamburger Banhoff em Berlim; PS1 em Nova York e nas bienais de Veneza, Moscou e Curitiba, entre outros.