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Postado em 03/02/2016 - 6:47
Exposição marca os cem anos de Clóvis Bornay
O extravagante campeão dos bailes de alegorias do Carnaval Carioca ganha mostra de seu acervo pessoal
Luciana Pareja Norbiato

Se estivesse vivo, Clóvis Bornay teria completado cem anos no último dia 10 de janeiro. Para relembrar uma das personalidades mais marcantes e extravagantes do Carnaval carioca, uma exposição com seu acervo pessoal acontece até 30 de abril no Museu da República.

Além de atuar como cantor, pesquisador, professor, organizador de exposições, agitador cultural e militante do movimento LGBT, Bornay era uma figura icônica dos concursos de alegorias sediados no Theatro Municipal do Rio de Janeiro, criados por ele mesmo em 1937. Já na estreia, arrematou o grande prêmio com a fantasia Príncipe Hindu.

Entre 1966 e 1973, foi carnavalesco de escolas de samba como Salgueiro e Portela, pela qual ganhou o Carnaval de 1970 com o enredo Lendas e Mistérios da Amazônia. Popular, era jurado dos programas de Chacrinha e de Silvio Santos.

Em três núcleos – Profissional e Personagem, Mestre das Fantasias e Singular & Múltiplo – as diversas facetas da trajetória de Clóvis Bornay surgem em documentos, fotos, croquis, livros, manuscritos, vídeos e homenagens recebidas (placas e troféus). Não poderiam ficar de fora as fantasias: três exemplares originais foram restaurados especialmente para a exposição.

A curadoria é de Mário Chagas, Coordenador Técnico do Museu da República, instituição na qual Bornay atuou como museólogo.