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Album (Detail), de Anne Collier, na exposição inaugural do espaço Carpintaria
Postado em 22/11/2016 - 12:10
Música e arte na Carpintaria
Criada pela Galeria Fortes D'Aloia & Gabriel, a Carpintaria surge como novo espaço de experimentação artística no Rio
Ana Abril

A exposição Uma Canção para o Rio inaugurou em 20/11 (domingo) a Carpintaria, um novo espaço artístico que nasce da matriz Fortes D’Aloia & Gabriel, antes conhecida como Galeria Fortes Vilaça. A mudança de nome do reconhecido espaço artístico coincide com seus 15 anos de vida e com a incorporação societária de Alex Gabriel. A nova nomenclatura ainda adiciona o novo sobrenome de Alessandra D’Aloia, anteriormente Vilaça, sócia do local junto com Gabriel e Marcia Fortes.

Segundos eles, a Carpintaria não é uma filial da Galeria, mas, sim, um novo espaço de experimentação que pretende relacionar as artes visuais com outros campos. Prova disso é a exposição estreante, que mistura arte e música reunindo trabalhos de artistas como Nuno Ramos, Jac Leirner, Vivian Caccuri, Ernesto Neto, Bruce Conner e Los Carpinteros. “Cada um desses artistas investiga as conexões entre a música e as maneiras que ela tem de configurar nossas memórias pessoais e coletivas”, explicam Douglas Fogle e Hanneke Skerath, curadores da exposição. A mostra Uma Canção para o Rio se divide em duas partes; a primeira vai até 28/1/2017, e a segunda começa em 11/2/2017.

 

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Composition for Flutes (II), de Cerith Wyn Evans, faz parte da mostra Uma Canção para o Rio, na Carpintaria (Foto: Eduardo Ortega/ Galeria Fortes Vilaça)

Outra novidade da Carpintaria, situada no Jockey Clube, no Rio de Janeiro, é a duração das exposições que será mais longa do que o normal. O objetivo é que aconteçam cinco eventos anuais, com duração mínima de seis semanas. O local, como o nome indica, já abrigou uma carpintaria e pretende receber exposições coletivas, além de uma individual por ano e duplas e trios de artistas com afinidades especiais. Um exemplo de artistas que compartilharão o espaço são: a brasileira Adriana Varejão e a portuguesa Paula Rego, ambas com obras que misturam o universo feminino com temas como a violência, o colonialismo e o imperialismo. Além disso, a Carpintaria poderá ser usada por terceiros para outras atividades.

Dessa forma, a Galeria Fortes D’Aloia & Gabriel expande-se e ultrapassa os limites da cidade de São Paulo com três espaços: a própria galeria, situada na Rua Fradique Coutinho, o galpão, no bairro do Bom Retiro, e a Carpintaria, no Jockey Clube, no Rio de Janeiro.

 

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Trabalho de Dave Muller, na exposição Uma Canção para o Rio (Foto: Joshua White | Courtesy of the artist and Blum & Poe, Los Angeles/ New York/ Tokyo)