Peso, escala e equilíbrio são palavras usadas para definir o trabalho da paulista Elisa Bracher. Lembrada por suas esculturas monumentais, a artista apresenta uma série inédita de desenhos sutis, na qual explora pela primeira o uso da cor – vermelho, no caso. “Na transparência do papel arroz, as obras evidenciam uma suavidade que sempre existiu no meu trabalho mas nunca foi tão aparente. São desenhos doloridos e delicados”, explica a artista.

Ao lado de grandes esculturas de rocha e madeira e uma instalação no pátio central, o conjunto de desenhos integra a exposição Anatonia da Flor, em cartaz no Paço Imperial, no Rio de Janeiro. Sob curadoria de Elisa Byington, a mostra faz parte do primeiro bloco de exposições de 2016 na instituição carioca. Juntamente com Bracher, Tatiana Grinberg, Manfredo de Souzanetto, Marco Veloso e Regina de Paula exibem trabalhos.

Assim como Bracher, Veloso expõe desenhos. As obras serviram como esboços preparatórios para 20 telas a óleo, que também fazem parte da exposição Jogando com a armadilha. Já a carioca Tatiana Grinberg exibe vídeos e instalações na mostra Muda. “Quando me dei conta de que ainda não havia elaborado uma fala ou texto para a exposição, pensei que há muito tempo não passava por uma situação assim – a exposição estava muda”, explica Grinberg no texto de apresentação, justificando o nome dado à individual.

Em outras salas do Paço, Souzanetto exibe obras em Paisagem Ainda Que, curada por Luiz Eduardo Meira de Vasconcellos. Sua produção artística é revisitada por meio de pinturas e fotografias. Por fim, Regina da Paula reúne sua produção recente em No Interior do Tempo. A artista traz fotoperformances inspiradas em passagens bíblicas, transpostas para o contexto cultural carioca.

Serviço
Paço Imperial
Praça 15 de Novembro, 48, Centro,Rio de Janeiro
De 24 de março a 29 de maio de 2016
De terça a domingo, 12 às 19h
Tel.: (21) 2215 5231 / 2215 2093