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Desmanche Involuntário, de Lais Myrrha (Foto: Divulgação)
Postado em 25/03/2017 - 1:46
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Dicas da semana (23/3) selecionadas pela redação
Ana Abril, Luana Fortes e Luciana Pareja
SÃO PAULO
ABALÁVEL CONCRETO
Corpo de Prova, Lais Myrrha, de 22/3 até 25/6, Sesc Bom Retiro, Alameda Nothmann, 185 | www.sescsp.org.br/bomretiro
O concreto, utilizado na construção civil e característico da arquitetura modernista brasileira, foi o impulso para Lais Myrrha conceber o trabalho Corpo de Prova. Com a exposição de mesmo nome, no Sesc Bom Retiro, a artista busca discutir a segurança daquilo que parece, à princípio, estável e inabalável, estreitando o contato sensível com o mundo. Na mesma circunstância, Myrrha também exibe o livro Breve Cronografia dos Desmanches (2014) com fotografias de edifícios em estado de demolição.

 

Aparelho Cinecromático nº 10 (1950-60) de Abraham Palatnik (Foto: Cortesia Galeria Mapa e Vicente de Mello)
Aparelho Cinecromático nº 10 (1950-60) de Abraham Palatnik (Foto: Cortesia Galeria Mapa e Vicente de Mello)

RIO DE JANEIRO
DESVIO PARA A ARTE CINÉTICA
Abraham Palatnik  ̶  A Reinvenção da Pintura, até 23/4, CCBB-RJ, Rua Primeiro de Março, 66 | www.culturabancodobrasil.com.br
Pioneiro da arte cinética, Abraham Palatnik ganha, no Rio, uma retrospectiva abrangente por meio de 85 peças de todas as fases de sua carreira. Pesquisando a produção que vem desde 1940 até a atualidade, os curadores Pieter Tjabbes e Felipe Scovino selecionaram obras fundamentais em todos os suportes e técnicas pelos quais ele enveredou. São pinturas, aparelhos cinecromáticos, objetos cinéticos, objetos lúdicos, mobiliário e desenhos de projetos. Seis pinturas dos pacientes psiquiátricos Emydgio de Barros (1895-1986) e Raphael Domingues (1912-1979), internos do hospital do Engenho de Dentro, estão na mostra. A inclusão deve-se ao fato de ter sido depois de uma visita ao manicômio, então sob cuidado da doutora Nise da Silveira, que Palatnik decidiu abandonar a pintura figurativa. Achava o trabalho dos pacientes mais vigoroso e expressivo que o seu próprio. A partir daí, começou sua pesquisa cinética. A mostra já valeria só por este novo dado acerca de Palatnik.

Estofo, de Luiza Baldan (Foto: Cortesia Anita Schwartz Galeria de Arte)
Estofo, de Luiza Baldan (Foto: Cortesia Anita Schwartz Galeria de Arte)

RIO DE JANEIRO
GUANABARA ETERNIZADA
Estofo, Luiza Baldan, até 28/4, Anita Schwartz Galeria de Arte, R. José Roberto Macedo Soares, 30 | www.anitaschwartz.com.br
A Baía de Guanabara, com suas paisagens, personagens e mar, foram o alvo das lentes da carioca Luiza Baldan durante quase um ano de navegação. Agora, em sua primeira individual na Anita Schwartz Galeria de Arte, a jovem fotógrafa apresenta 44 imagens inéditas, entre matrizes em fotopolímero (próprias das câmeras analógicas) e ampliações em papel de algodão, que poderão ser manipuladas pelo público. Na videoinstalação Suspiro, um dos pilares da ponte Rio-Niterói é registrado em detalhe, ressaltando os sons e o movimento das águas dentro da estrutura oca. A exposição é o desdobramento do livro Derivadores, que Baldan realizou em parceria com Jonas Arrabal.

Galpão da galeria Baró, no bairro Barra Funda (Foto: Reprodução)
Galpão da galeria Baró, no bairro Barra Funda (Foto: Reprodução)

SÃO PAULO
MERCADO DE ARTE EM DEBATE
Galerias em Debate: Mudanças e Oportunidades, em 27 e 28/3, Itaú Cultural, Avenida Paulista, 149 | Inscrição 
O evento reúne curadores, artistas e galerias nacionais e internacionais para discutir perspectivas inovadoras no mercado de arte. Durante dois dias, acontecem mesas redondas, apresentações, tira-dúvidas e workshops que levantam temas como o papel das galerias no sistema das artes e o valor de uma obra de arte. Fortes D’Aloia & Gabriel, Jaqueline Martins e Baró Galeria são algumas das galerias nacionais participantes que compartilham espaço com instituições internacionais, como o Sotheby’s Institute of Art ou a espanhola Galería PM8. Os workshops têm vagas limitadas de até 60 pessoas e a inscrição é obrigatória para participar de qualquer atividade.

O Céu e a Montanha, de Cecília Walton (Foto: Reprodução NEOARTE - Soluções Fotográficas para o Mercado de Arte)
O Céu e a Montanha, de Cecília Walton (Foto: Reprodução NEOARTE – Soluções Fotográficas para o Mercado de Arte)

SÃO PAULO
RETROSPECTIVA
Sobre Esculturas e sobre Pinturas, Cecília Walton, de 23/3 até 14/4, Arte Hall, Rua Cônego Eugenio Leite, 240 | www.artehall.com.br
O crítico e curador Paulo Gallina é responsável por selecionar esculturas e pinturas de Cecília Walton para a retrospectiva da artista na galeria Arte Hall. Na mostra, estão reunidos trabalhos realizados entre 1981 e 2017, a partir dos quais se discute a importância da pintura na construção do olhar contemporâneo. Sobretudo, os trabalhos de Walton tratam de apresentar a arte como experiência, provocando diálogos com seu público.

 

Despojos (2014), de Lucas Dupin (Foto: Lucas Dupin)
Despojos (2014), de Lucas Dupin (Foto: Lucas Dupin)

SÃO PAULO
PREMIADOS
Tempo-Revés, Lucas Dupin, de 25/3 até 8/4, e O Museu Inexistente No 1, Victor Leguy e Gabriel Bogossian, de 26/3 até 6/5, Funarte – SP, Alameda Nothmann, 1058 | www.funarte.gov.br
Os artistas Lucas Dupin e Victor Leguy, ambos contemplados pelo Prêmio Funarte de Arte Contemporânea 2015, inauguram individuais no espaço da fundação. Dupin expõe Tempo-Revés, uma série de trabalhos em que discute a fugacidade do tempo. Já Victor Leguy, em parceria com o curador Gabriel Bogossian, mostra um museu fictício que conta a história brasileira diante de novos olhares, problematizando o papel de instituições culturais nos dias de hoje.

Varanda Circular, de Leonardo Tepedino (Foto: Beto Felício)
Varanda Circular, de Leonardo Tepedino (Foto: Beto Felício)

NITERÓI
ARTE FUSIONADA
Varanda Circular, Leonardo Tepedino, até 4/6, MAC Niterói, Mirante da Boa Viagem, s/nº | www.macniteroi.com.br
As esculturas de Leonardo Tepedino se fundem com a arquitetura do MAC Nitéroi e com a paisagem local na exposição Varanda Circular. Contemplada pela 6ª edição do Prêmio de Artes Plásticas Marcantonio Vilaça, em 2013, as linhas de madeira permitem que o visitante entre na obra, circunde a varanda e realize um percurso que nasce a partir dos próprios desvios colocados pela escultura. Dessa forma, o trabalho de Tepedino precede uma série de esculturas que passarão a integrar o acervo do museu.

Estudos de cor com pau-brasil (2016), de Ricardo Ajossa (Foto: Divulgação)
Estudos de cor com pau-brasil (2016), de Ricardo Ajossa (Foto: Divulgação)

SÃO PAULO
CHEGADO DA ITÁLIA
O Papel da Prudência, Riccardo Ajossa, até 26/5, Espaço Expositivo 321 Jacarandá, Rua Cel. Melo de Oliveira, 783 | estudio321.com.br
Pela primeira vez, uma exposição do artista italiano Riccardo Ajossa chega às terras brasileiras. Com curadoria de Marco Antonio Nakata, a mostra homenageia duas figuras da história da arte: o artista Ticiano e o historiador alemão Erwin Panofsky. A partir dessas duas referências, Ajossa apresentou desenhos, pinturas e fotografias especialmente realizados para a exposição.

Astronauta (1985), de Nicolas Vlavianos (Foto: Cortesia Pinacoteca SP)
Astronauta (1985), de Nicolas Vlavianos (Foto: Cortesia Pinacoteca SP)

SÃO PAULO
REVISÃO ESCULTURAL
Nicolas Vlavianos, de 25/3 até 26/6, Estação Pinacoteca, Largo General Osório, 66 | www.pinacoteca.org.br
Nicolas Vlavianos é uma das figuras mais importantes da produção escultórica no Brasil. Nascido em Atenas, em 1929, radicou-se em São Paulo, em 1961, trazendo não só a sua produção, de técnica adquirida na Grécia e em Paris, mas também sua vontade pedagógica: lecionou Expressão Tridimensional na Faap (1969). Para marcar a excelência de sua trajetória artística, a Estação Pinacoteca abre uma exposição com cerca de 150 obras do artista, em que sobressai a tensão entre forma orgânica e abstração. A curadoria de Valéria Piccoli traz obras emblemáticas, acompanhadas de esboços e projetos, que trazem à luz as premissas de seu pensamento estético e formal.