A capital carioca recebe a partir desta quinta-feira (17) uma grande temporada de exposições dedicada à arte contemporânea. O Paço Imperial anunciou o maior bloco de mostras da gestão da diretora de Claudia Saldanha, composto por sete individuais que seguem em cartaz até fevereiro de 2016. José Bechara, Célia Euvaldo, Renata Tassinari, David Cury, Cristina Salgado, Bruno Miguel e Amalia Giacomini foram os nomes escolhidos para exibir suas obras, realizadas nas mais diversas plataformas.

Confira abaixo os destaques de cada exposição:

Jaguares, de José Bechara

A sala no térreo do espaço expositivo recebe sete pinturas de grandes dimensões que se utilizam de materiais pouco convencionais como papel glassine, mármore, lâmpada e cabos de aço. Inéditos e recentes, os trabalhos são resultado de uma pesquisa de dois anos na qual Bechara analisou os limites da pintura. Jaguares traz texto crítico de Luiz Camillo Osorio.

Colagens e Pinturas, de Célia Euvaldo 

Com curadoria de Vanda Klabin, a exposição da artista paulistana reúne conjuntos de cinco colagens e de cinco pinturas, realizados entre 2013 e 2015. Na série Colagens, Célia se dedicou a pensar sobre a massa e o peso da tinta, experimentando com as consistências dos materiais, já nas Pinturas, em óleo sobre tela, a artista estabelece uma relação com o desenho através das pinceladas na tela.

Renata Tassinari

Também com curadoria de Vanda Klabin, que selecionou trabalhos feitos nos últimos dez anos pela artista, a mostra exibe 16 obras, entre pinturas realizadas sobre acrílicos de grandes proporções e desenhos sobre papel japonês, estes últimos inéditos no Rio de Janeiro. O uso que a artista faz das cores é um dos pontos altos do conjunto de trabalhos expostos.

Essas pessoas na sala de jantar, de Bruno Miguel

Curada por Bernardo Mosqueira, a mostra de Miguel reúne instalações inéditas: Essas pessoas na sala de jantar e Cristaleira. A primeira é formada por 400 composições de peças de porcelana, espuma de poliuretano, papel maché, pequenas árvores esculpidas pelo artista e tinta de cores vibrantes. Agrupados no chão, os objetos serão reorganizados ao longo da temporada para criar novos trajetos dentro da exposição. Em Cristaleira, na sala vizinha, 150 esculturas ocupam uma prateleira de vidro que percorre as paredes do local.

A vida é a soma errada das verdades, de David Cury 

Piauiense radicado no Rio de Janeiro, Cury traz uma instalação inédita que se espalha por três espaços da instituição carioca. A obra tem como fio condutor 15 textos sobre formas de violência cotidiana: a social (“Aos que matam por hábito jamais os pardos foram tão alvos”), a política (“A ianque Dorothy Stang não voltou para casa”) e a moral (“Aqui o mal ao menos de impostura prescinde”).

No Interior do Tempo, de Cristina Salgado

O curador Marcelo Campos escolheu uma instalação composta por cerca de vinte desenhos em guache e impressão sobre papel de algodão, que fazem parte da série Poemas visuais interiores (2015). Concebidos a partir de ilustrações de um livro de anatomia seccional humana, os desenhos dividem a sala com uma projeção, cinco esculturas em ferro fundido da série Humanoinumano (1995) e elementos diversos de mobiliário industrial obsoleto.

Viés, de Amalia Giacomini

Paulistana radicada no Rio, Amalia exibe sete obras, entre elas duas instalações inéditas. Realizada com 500 metros de correntes finas, suspensas no teto, um dos trabalhos poderá ser manuseado e atravessado pelo público visitante. As peças expostas investigam questões ligadas à percepção do espaço, da arquitetura e suas representações. A curadoria ficou por conta de Felipe Scovino.

Serviço

De 18 de dezembro de 2015 a 28 de fevereiro de 2016

De terça a domingo, 12 às 19h

Praça 15 de Novembro 48, Centro – Rio de Janeiro

Tel.: (21) 2215 5231 / 2215 2093

Grátis