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Postado em 04/12/2013 - 6:04
A prima americana
Guilherme Kujawski

Mais de 200 galerias de arte moderna e contemporânea de todo o mundo participam da já tradicional feira de Miami

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Legenda: Flyer criado pela Artsy (imagem: Divulgação)

Quem viaja para Miami inevitavelmente observa como a municipalidade aprecia em demasia o trabalho de Romero Britto: até na mídia exterior dos busdoors ele está presente. Mas nem só de Romero Britto vive Miami, e a Art Basel Miami Beach – prima de outras duas (a de Basel propriamente dita e a de Hong Kong) – vale como uma redenção.

Este ano, a feira ocupa 20 mil metros quadrados de espaço expositivo e promove várias ações, como festivais de cinema, ciclos de palestras e eventos ligados ao campo do design, como o Design Miami. Espera-se o comparecimento de um público de mais de 70 mil pessoas ao longo de cinco dias, mais do que no ano passado, que foi de 50 mil.

A feira, que abre para o público dia 5 de Dezembro, acontece no Miami Beach Convention Center (MBCC), a poucos metros das praias. Mais de 200 galerias do mundo todo, incluindo o Brasil (leia a nota sobre o Projeto Latitude), estarão representando mais de 4.000 artistas. Além de toda a infraestrutura para os negócios, haverá também iniciativas de arte pública, como a exposição Social Animals (curadoria de Nicholas Baume), composta por obras que exploram o tátil através de materiais orgânicos. Apropriado também é um novo setor da Art Basel Miami, chamado Edition, com foco em edições impressas limitadas e trabalhos em papel.

Como não poderia deixar de ser, a Art Basel Miami também desperta eventos do tipo off-Bienal de São Paulo (a nossa conhecida Paralela), como a NADA Miami Beach, uma feira alternativa de arte contemporânea. Promovida por uma organização sem fins lucrativos, a NADA reúne uma produção de artistas jovens ainda sem projeção, oferecendo uma oportunidade única de mostrar a que vieram.

Outra novidade adicional, que vai de 4 a 8 de dezembro, é a Brazil ArtFair, uma feira que junta arte contemporânea e design brasileiros. A iniciativa é do publicitário brasileiro Michel Serebrinsky, que conseguiu reunir 100 artistas de 15 galerias nacionais. Sub-paralelamente, há uma exposição de obras de artistas brasileiros com curadoria de Luisa Duarte e o projeto Orchestra Brasil, com uma seleção de mobiliário contemporâneo produzido por dezoito estúdios brasileiros de design.

A dica para quem vai, ou mesmo para quem quiser mergulhar mais nos detalhes do evento, é acessar o bem editado guia da Artsy.