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Obras de Adriano Amaral e Regina Vater em exposição na galeria | (Foto: Erika Mayumi/ Divulgação)
Postado em 09/06/2021 - 8:22
Agenda do fim do mundo (9 a 16/6/2021)
Especial SP-Arte (9-13 de junho) e Gallery Week (galerias participantes ficam abertas, nos dias 8 a 12 de junho, das 11h às 19h)
Da redação

“E, no meu modo de ver, apenas uma poética da relação, ou seja, um imaginário que nos permite compreender essas frases e essas implicações das situações dos povos no mundo de hoje, nos autoriza talvez a tentar sair do confinamento ao qual estamos reduzidos.”Edouard Glissant em Crioulização no Caribe e nas Américas

Galeria Jaqueline Martins
“O que faz de mim uma mulher e artista latino-americana, se eu sou o resultado de tanto sangue diferente? O fato de eu falar um idioma latino e ter raízes culturais portuguesas, indígenas e negras misturadas com influências europeias e norte-americanas? Que eu cresci em contato com uma natureza selvagem, uma mitologia da natureza e um amplo espaço com menos ‘história’? Talvez minha arte seja a visualização dessa consciência.” A voz de Regina Vater na obra Your Eye is My Mirror, de 1977, dá o tom do projeto da Galeria Jaqueline Martins para a SP-Arte, que aposta no resgate de artistas e práticas experimentais dos anos 70 e 80, e no diálogo destes autores com contemporâneos jovens.

Sem Título (Série Construindo Narrativas como Dispositivo de Re Existência), 2019, de Laíza Ferreira (Foto: Divulgação)

Janaina Torres Galeria
A galeria celebra 5 anos com a mostra Bodas de Madeira. Dentro da mitologia popular, as Bodas de Madeira são a comemoração de meia década de união. Desde sua criação, a galeria compromete-se com a formação de públicos diversos e a expansão do trabalho de arte, essa união acontece entre indivíduos e espaços, onde, artistas, equipe e colaboradores pensam mercado, arte, cultura, educação e respeito às subjetividades. O recorte de obras tem como foco a pluralidade e potência dos artistas e suas pesquisas, e o desejo de compartilhar com o público um olhar que celebra a história do espaço, mirando o futuro. Destaque para as obras de Laíza Ferreira, Luciana Magno e Paula Juchem.

Vista geral do novo viewing room da galeria (Foto: Divulgação)

Fortes D’Aloia & Gabriel
A seleção de trabalhos será apresentada no novo viewing room físico, que faz parte de um redesenho do espaço de 1.500 m2, reaberto ao público após reforma. Nas palavras do diretor Alex Gabriel, “o ambiente virtual não vai substituir os espaços físicos, daqui para frente o online será uma extensão de algo que existe no programa da galeria. Usamos o canal da feira para apresentar o espaço reformado e a nossa construção de um novo modelo de atuação frente às mudanças recentes do mercado de arte no Brasil e no mundo”. As duas salas expositivas que antecedem o espaço dedicado à apresentação da SP-Arte abrigam, também até o dia 12/6, exposições individuais de Yuli Yamagata e Luiz Zerbini.

Obra da série Cristalização da Paisagem (2021), de Albano Afonso (Foto: Divulgação)

Casa Triângulo
Entrando nos últimos dias da exposição solo de Vânia Mignone, a galeria apresenta seleção de obras na SP-Arte, com destaque para trabalhos inéditos de AVAF, Albano Afonso, Valdirlei Dias Nunes e Lucas Simões. A imagem criada por Albano, que se assemelha a uma representação de natureza, quando inspecionada de mais perto revela-se intrincada construção, flertando com a abstração geométrica e a estética do banco de dados que permeia a sensibilidade atual. Os desenhos-objetos de Simões ganham leveza na substituição operada pelo artista do concreto por maços de papel, a que imprime qualidade escultórica.

Pintura feita em 2021, de Raquel Nava (Foto: Divulgação)

Referência Galeria de Arte
A coletiva De Perto traz trabalhos selecionados pela galerista Onice Moraes em conjunto com os artistas, resultado de uma relação duradoura e acompanhamento constante dos representados. Alguns trabalhos foram produzidos no período da pandemia. Outros, são de anos anteriores, mas se relacionam fortemente com as questões sócio-políticas que emergiram nos últimos meses. Alice Lara, Carlos Vergara, Christus Nóbrega, Clarice Gonçalves, Claudio Tozzi, João Angelini, José Roberto Bassul, Luiz Aquila, Pedro Gandra, Ralph Ghere, Raquel Nava, Rogerio Ghomes, Veridiana Leite e Virgílio Neto, são os artistas que trazem em suas obras uma resposta estética ao momento histórico que vivemos.

Vista geral da exposição no Espaço Fonte (Foto: Guigo Sorbello/ Divulgação)

Diamante-Grafite-Carvão
Projeto colaborativo de três galerias de diferentes regiões do país, – Karla Osorio (Brasília), Portas Vilaseca (Rio de Janeiro) e Sé (São Paulo) – a mostra apresenta nove artistas (três de cada galeria). A curadoria é de Fernando Mota, que afirma que a ideia da coletiva “segue a premissa de que, a partir do carbono, dadas as condições naturais necessárias, temos um constante espectro em potencial entre esses três elementos, um estado contínuo de transformação da matéria; no campo sensorial, é aberto um prisma exponencial de percepções de texturas, cores e luz, ou ainda, aludindo à sociedade contemporânea, uma vasta gama de forma, uso e valor”. Até 24/7 no Galpão do Espaço Fonte, na Vila Madalena.

Obra de Nelson Leirner (Foto: Divulgação)

Galeria Berenice Arvani
Conversas na Ponte Aérea apresenta um recorte da produção e dos diálogos artísticos entre São Paulo e Rio de Janeiro nos anos 1950, 1960 e 1970. Na mostra podem ser vistas obras que promovem um passeio por movimentos como concretismo, neoconcretismo, abstracionismo lírico, arte política e arte pop, produzidas por nomes como Aluísio Carvão, Antônio Maluf, Dionísio del Santo, Irmgard Longman, Ivan Serpa, Judith Lauand, Maurício Nogueira Lima, Nelson Leirner, Raymundo Collares, Rubem Ludolf, Ubi Bava, artistas que, cada qual a seu modo, ajudaram a formatar o circuito brasileiro de arte.

Brotar no Encontro (2021), de Laura Gorski (Foto: Divulgação)

Arteformatto
A galeria reservou para o Gallery Week a abertura da exposição Material como Linguagem, Abstração como Suporte. Destacam-se as obras de Laura Gorski, Renato Leal, Suzana Queiroga, Letícia Lampert e Adriana Vignoli. Segundo a curadora da mostra, Camila Bechelany, os artistas reunidos têm interesses múltiplos, que vão desde a história social da cidade, a arquitetura, à tecnologia, mas suas pesquisas estéticas parecem se pautar em grande parte na construção abstrata das imagens e na predominância da importância do material para a elaboração da obra. Em cartaz até 12/6.

Vista da exposição (Foto: Divulgação)

Carmo Johnson Projects
Bruno Novelli e MAHKU mostram obras inéditas nesta semana de agitação em São Paulo por meio da exposição presencial Tudo É Perigoso. Tudo É Divino, Maravilhoso. Com curadoria de Daniel Dinato, a mostra é uma ocupação na casa de arquitetura brutalista projetada por Joaquim Guedes no Pacaembú. A exposição terá abertura no sábado, dia 12/6, na Rua Silvio Portugal 193, São Paulo-SP. Visitas podem ser feitas por agendamento, pelo e-mail de contato contact@carmojohnsonprojects.com até o dia 19/6.

Banco Anta, da MobiliaTempo (Foto: Divulgação)

MobiliaTempo : A Leveza do Futuro Retrô
Os artistas Artur Lescher, André Paoliello e Ricardo van Steen se revezam em parcerias que fazem nascer peças com um conceito comum: todas podem ser consideradas tanto futuristas quanto retrô. Esse conflito produz peças que ao mesmo tempo podem frequentar salões assinados por arquitetos ou filmes de ficção científica. O estúdio MobiliaTempo apresenta suas peças-únicas de mobiliário em uma casa modernista dos anos 1940 plantada no bairro do Pacaembu. São três pisos de espaço expositivo e acesso ao ateliê de criação. Vale uma visita com hora marcada para ver as peças artesanais e outros projetos para indústrias. Agendamento com Cristina no número (11) 3661-7320.

Obra de Toby Christian (Foto: Divulgação)

Espaço C.A.M.A.
As galerias Casanova e Cavalo apresentam mostras de Toby Christian e Álvaro Seixas em seu espaço na vila de Flávio de Carvalho. O britânico expõe desdobramentos de sua pesquisa estética sobre a ergonomia, com esculturas em mármore que aludem a controles-remotos e uma série de lambes no entorno do espaço. O carioca iconoclasta mostra pinturas e obras gráficas em que curto-circuita todas as noções estabelecidas sobre o sistema de artes. Também no Espaço C.A.M.A a Periscópio apresenta obras de Randolpho Lamonier, Lorenzato, Gisele Camargo e Benedikt Wiertz. Na Alameda Lorena, 1257, casa 4.

Templo, de Pedro Marighella, 2019 (Foto: Divulgação)

RV Cultura e Arte
A mostra Contorno é uma seleção de cinco artistas brasileiros que investigam o campo do desenho contemporâneo: Pedro Marighella, Vânia Medeiros, Felipe Rezende, Rômolo e Zé de Rocha recorrem a abordagens transdisciplinares, refletindo acerca de saberes e práticas da etnografia, arquitetura, geografia, design e até da dança. No projeto Templo, Marighella apresenta desenhos sobre lona da série homônima que dão sequência à sua pesquisa relacionada ao potencial crítico da diversão. As obras investigam, a partir de imagens de bailarinos urbanos ligados ao contexto do pagode baiano e do arrocha, um correspondente de beleza em que corpo e dança aproximam da espiritualidade. No sábado, dia 12/6, com visitação na galeria e no viewing room.

Obra de Elena Damiani (Foto: Divulgação)

Galeria Millan
Rapsódia Material é o projeto apresentado pela Galeria Millan para a edição online da feira este ano. O conjunto evidencia a diversidade presente na produção de 17 artistas. Artur Barrio, José Damasceno, Túlio Pinto, Antonio Dias, Anna Maria Maiolino, Regina Parra, Miguel Rio Branco, Elena Damiani e Tunga são alguns dos destaques do projeto. A seleção ainda inclui artistas cujo percurso de experimentação pictórica mostra-se essencialmente dinâmico, ora enquanto variação de técnicas, suportes, gêneros e escalas — como Emmanuel Nassar, Mira Schendel, Rodrigo Andrade e Paulo Pasta — ora projetando-se em instalações complexas, como no caso de Ana Prata, Jaider Esbell, Tatiana Blass e Thiago Martins de Melo.

Obra Passagem, de Lucas Rosin (Foto: Divulgação)

Yankatu – Design e Arte
Promove conversa sobre arte contemporânea e cultura indígena com a participação do curador Marc Pottier, da psicanalista Adriana Fontes e do Arassari Pataxó, liderança indígena e Maria Fernanda Paes de Barros, fundadora do Yankatu. O virtual talk tem como objetivo abordar o tema por diferentes perspectivas o intuito é aproximar o público, buscando estabelecer relações mais sensíveis mesmo se tratando de uma exposição virtual. A mediação é de Juliana Victorino. A obra Passagem, de Lucas Rosin, dá nome à exposição no Viewing Room e ao evento.

Obra Não Deixe o Samba Morrer, de Felippe Moraes (Foto: Divulgação)

Verve Galeria
Organiza para a Gallery Week uma ‘Caminhada Samba Exaltação’, com o artista Felippe Moraes, que pretende percorrer os neons que o artista tem desenvolvido e estão instalados em pontos históricos do centro da cidade de São Paulo. A proposta se estende para o Viewing Room, com um projeto que fala da ausência do carnaval. “O samba é o saber ancestral que verte dos terreiros e se coloca em movimento no mundo. Mais do que música, é uma tecnologia social que nos permite habitar a fresta e distorcer a precariedade. Diante da derrocada civilizacional violenta e urgente, somos conclamados à reinvenção dos nossos modos de vida por meio da liberdade, da brincadeira e do gozo.” escrevem Felippe Moraes e Ian Duarte