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Resistência (2021), de Rebeca Ramos | Foto Divulgação
Postado em 12/01/2022 - 1:13
Agenda para Adiar o Fim do Mundo (12 a 19/1)
Confira a primeira agenda do ano, com destaques das aberturas no circuito da arte

ABERTURAS
Estamos Aqui
A partir de hoje, 12/1, o Sesc Pinheiros recebe mostra organizada pelo Ateliê397, com trabalhos que abordam o coletivo como posicionamento político e social. A curadoria, assinada por Thaís Rivitti, discute questões urbanísticas, sociais e históricas que se colocam como combustíveis para o debate contemporâneo. Parte do desafio curatorial é reutilizar materiais de eventos anteriores realizados no Sesc, estabelecendo diálogos com cerca de 40 trabalhos de artistas como A Revolução Não Será Televisionada, ali: leste, Aline Motta, Bruna Kury, Edu Marin, Jaime Lauriano, Kauê Garcia, Laixxmo, Raphael Escobar, entre outros. Entrada gratuita.

Antropofagia sem Culpa (2021), de Paulo Jorge Gonçalves | Foto Divulgação

13ª Salão dos Artistas Sem Galeria
O evento, organizado pelo Mapa das Artes, promove, a partir de amanhã, 13/1, na Lona Galeria, e a partir de sábado, 15/1, na Zipper Galeria, duas exposições simultâneas com obras dos 10 artistas selecionados. Com o objetivo de avaliar, exibir, documentar e divulgar a produção de artistas não representados por galerias de arte na cidade de São Paulo, o Salão se caracteriza por ser uma porta de entrada para o circuito das artes. Os artistas selecionados são Bruno Gularte Barreto, Cláudia Lyrio, Cynthia Loeb, Diogo Santos, Igor Nunes, Kika Diniz, Liz Lopes, Luiza Kons, Paulo Jorge Gonçalves e Ronaldo Marques.

Idílio, de Clarice Gonçalves | Foto Divulgação

Idílio, de Clarice Gonçalves
A Referência Galeria de Arte abre amanhã, 13/1, mostra individual da artista brasiliense, concebida a partir de suas experimentações com performance, fotografia e pintura. A curadoria de Luiza Mader Paladino reúne trabalhos recentes de Gonçalves, que discutem o papel das mulheres no sistema da arte, além de uma seleção de obras de uma fase anterior, que revela seu processo de amadurecimento artístico. “A exposição evidencia a mirada ecológica radical a qual a artista recorre, ao viabilizar uma comunhão orgânica entre figuras femininas e a natureza”, afirma a curadora.

Vista de Floras, de Rejane Cantoni | Foto Divulgação

Rio Innovation Week
Entre 13 e 16/1, o Joquey Club Brasileiro, no Rio de Janeiro, recebe a primeira edição do evento, que reúne palestrantes, startups e expositores para discussões e exposições relacionadas à inovação e tecnologia. A Metaverse Agency, de Byron Mendes, marca presença em containers com mais de 12 artistas, apresentando suas obras de criptoarte. “É uma oportunidade de o público interagir, conhecer e vivenciar possibilidades híbridas e novos suportes artísticos. Os trabalhos trazem experiências multissensoriais em que a experiência física ocorre em convergência com o universo digital, através da criptoarte e dos metaversos.”, afirma o CEO da Metaverse, que é responsável pelo primeiro espaço de criptoarte na ArtRio.

LEGENDA E CRÉDITO: Foto Divulgação

Barroco Sertanejo, de Stênio Burgos
Em cartaz a partir de sábado, 15/1, na Caixa Cultural de São Paulo, a individual reúne imagens, poemas e textos que estabelecem um panorama do pensamento e do percurso do artista, assim como da ressonância de seu trabalho junto ao circuito de arte. Embora apresente majoritariamente obras realizadas entre 2020 e 2021, a exposição se reveste de um caráter retrospectivo, alinhando em conjunto as principais pesquisas do artista. O título surge de uma conversa entre o artista e a curadora, Denise Mattar: Seu trabalho reúne o risco duro e a exuberância cromática, a economia do traço e a profusão da tinta, a contenção e o excesso”, afirma a curadora. Entrada gratuita.

#1, da série Corpo Ruído (2008), de Paula Garcia

EM CARTAZ
A Máquina do Mundo: Arte e Indústria no Brasil 1901-2021
“O título da mostra origina-se na ideia do mundo como máquina, composto essencialmente de um engenho universal cujo princípio mecânico regeria o cosmos, os corpos celestes e os elementos da natureza.”, afirma o curador José Augusto Ribeiro. Ao exibir cerca de 250 obras de mais de 100 artistas, como Cildo Meireles, Guto Lacaz, Iran do Espírito Santo, Jac Leirner, Julio Plaza, lole de Freitas, Lotus Lobo, Mabe Bethônico, entre muitos outros, a exposição examina as várias maneiras pelas quais a indústria impacta a produção de artistas no Brasil desde o início do século passado, numa perspectiva inédita sobre os últimos 120 anos da história da arte brasileira. R$ 20,00. Na Pinacoteca do Estado de São Paulo, até 22/2.  Também em cartaz na instituição, Lais Myrrha: O Condensador de Futuros consiste em instalação inédita da artista mineira. A programação faz parte do Projeto Octógono Arte Contemporânea, que comissiona obras site especific desde 2003. Até 21/2.

Frame de Brazil – o Filme (1985), dirigido por Terry Gilliam

Terry Gilliam – O Onírico Anarquista
O CCBB Rio realiza mostra retrospectiva, com curadoria de Eduardo Reginato e Christian Caselli, sobre o diretor, ator e animador estadunidense, que integrou o importante grupo de humor Monty Python. Além das 28 produções em sessões presenciais, acontecem atividades paralelas em formato on-line e a exibição remota de 3 filmes – toda a programação é gratuita. A mostra ainda disponibiliza catálogo especial com textos inéditos, disponível gratuitamente pelo link blgentretenimento.com.br/terrygilliamrj. Entrada gratuita. Até 31/1.

Vista de Estado de Possessão | Foto Ding Musa

Estado de Possessão: Notas para uma Estética da Tortura
“Para uma definição do conceito de possessão: em sentido estrito, drama ideológico instaurado no campo das consciências pelo conflito de duas ou mais entidades a conclamar, a um só instante, posse de um mesmo semblante. Em forma dilatada, categoria encruzilhada: trajeto espiritual dos seres esquartejados pelas lâminas histórico-políticas dos territórios, corpos e símbolos (demonologia dos pesos, dos passes e das posses). Em punção direta: desencontro e conciliação fraturada entre o plano das imagens, das coisas e das inclinações. Em suma: o exorcismo dos olhos contra o suor das mãos e a saliva dos cus”, escrevem os curadores da mostra coletiva, Cris Ambrosio e Deyson Gilbert. Coleção Moraes Barbosa, Travessa Dona Paula, 120. Até 12/2.

Foto Divulgação

ÚLTIMAS SEMANAS

MIHNA – Museu Imaginário de História Natural da Amazônia
Prorrogada até 23/1 no Centro Cultural Oi Futuro, a instalação sonora integra o 11º Festival Novas Frequências. A obra é composta por uma coleção de sons e histórias que abrem a escuta como portal de entrada para paisagens, ecologia e cultura da floresta amazônica. Uma série de personagens e cenários dão voz a histórias de evolução, produção de alimentos, resiliência e violência, geologia, uso da terra e possíveis futuros. “O trabalho, em virtude de tudo o que está acontecendo não só na Amazônia, como no meio ambiente do planeta, apresenta-se como uma maneira de pensar as questões ambientais de uma forma pouco usual, porém extremamente necessária. Estimula o desenvolvimento de uma escuta mais atenta”, escreve o curador do Novas Frequências, Chico Dub. O festival conta ainda com uma galeria de arte visual com obras de 20 artistas que pode ser acessada pelo site www.novasfrequencias.com.