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Natura Morta (1951), de Giorgio Morandi | Coleção Istituzione Bologna Museo
Postado em 15/12/2021 - 4:37
Agenda para Adiar o Fim do Mundo (15 a 22/12)
Destaques da programação de artes da semana
Da redação

ABERTURAS
Ideias – O Legado de Morandi
Hoje, 15/12, acontece a inauguração da mostra no CCBB RJ, com 57 obras vindas do Museo Morandi, em Bolonha, na Itália. Além dos trabalhos do artista italiano, produções de outros 23 artistas, como Josef Albers, Wayne Thiebaud, Franco Vimercati, Luigi Ghirri, Rachel Whiteread e Lawrence Carroll, estão em diálogo com sua obra, dedicada ao gênero da natureza-morta. A curadoria de Gianfranco Maraniello e Alberto Salvadori busca estabelecer um reencontro de Morandi com o Brasil, mais de 60 anos após ter recebido o Grande Prêmio de pintura na IV Bienal de São Paulo, em 1957. Além disso, por meio do aplicativo Morandi Coletivo, o público pode criar suas próprias composições, a partir de elementos que o artista usava, que serão projetadas em tempo real na exposição. Entrada gratuita.

Fluxo (2016), de Myllena Araujo | Foto Divulgação

6a Suburbanidades: O Lugar da Periferia na Arte Contemporânea
A sexta edição da exposição coletiva, que visa divulgar artistas de áreas fora do eixo Centro/Zona Sul do Rio de Janeiro, abre nesta quinta-feira, 16/12, no Museu de Arte Contemporânea de Niterói. Com curadoria de Cynthia Dias e Sissa de Assis, 28 artistas, como Hully Roque, Monique Ribeiro, Tâmisa Pereira, Alexandre Paes e Myllena Araujo, entre outros, das mais distintas linguagens, apresentam sua produção potencializada pelo “olhar poético dos subúrbios”, criando interligação por temáticas sociopolíticas. Ingresso R$ 12.

Vista da exposição Encontros Divergentes

EM CARTAZ
Encontros Divergentes, de Túlio Pinto
“Poderíamos chamar suas esculturas de arquitetura dos encontros divergentes. Metáfora da diversidade da vida, da sua força, do seu brilho, mas também da fragilidade dos seres e das coisas de permanecem como são”, afirma Fabio Magalhães, curador da individual do artista Túlio Pinto. Seus trabalhos exploram formas geométricas e orgânicas, procurando aproximar materiais de superfícies distintas, rígidas e maleáveis, situando-se entre a escultura e a instalação. Em cartaz no Museu de Arte Contemporânea de Sorocaba (MACS), até 9/1/2022.

Eudes, da Comunidade Quilombola de Santa Joana, Maranhão (2016), fotografia de Valdira Barros

Retratos Quilombolas
O Centro Cultural Vale Maranhão apresenta mostra híbrida com imagens produzidas por Val Barros e Valdira Barros, fotógrafas maranhenses que registram recortes do cotidiano de quatro comunidades quilombolas no estado do Maranhão. Com 51 fotografias, a exposição é resultado do desejo de promover um encontro do público com pessoas, almas e paisagens, buscando revelar  os significados da riqueza identitária brasileira. “Sair da invisibilidade torna-se cada vez mais crucial em um momento de retrocesso das políticas públicas em relação às comunidades tradicionais brasileiras e as imagens fotográficas podem contribuir para isso”, enfatiza Barros. Mostra presencial, também disponível online, pelo link. Até 9/4/2022.

Mohican (2021), de Jac Leirner (Foto: Divulgação)

O Meu Trabalho, de Jac Leirner & Adriano Costa 
Jac Leirner e Adriano Costa passaram os últimos dois anos em diálogo, configurando talvez a mais frutífera das relações pandêmicas, compartilhando o mesmo ambiente e muitas vezes até materiais. A mostra no Galpão da Fortes D’Aloia & Gabriel reúne uma seleção das obras produzidas nesse período, trabalhos de autoria única, mas que carregam confluências de uma natureza comum. Em paralelo, está em cartaz no galpão a mostra Rastro Traço Laço, de Mauro Restiffe, que reúne um novo grupo de retratos selecionados a partir do arquivo que vem sendo compilado pelo artista há 30 anos. Até 29/1/2022

Quem é Quem no Brasil, de Sergio Adriano H | Foto Divulgação

Sérgio Adriano H: Não Consigo Respirar
Selecionada pelo edital FAMA Museu, a individual do artista catarinense procura refletir sobre o racismo estrutural no Brasil a partir do corpo, da palavra e da história como ferramentas de diálogo e expressão. Adriano H expande sua produção, apresentando uma seleção de trabalhos fotográficos e performances que denunciam a invisibilidade da produção afro-brasileira no circuito de arte contemporânea. “São várias as estratégias a que o artista recorre para dar expressão estética à sua indignação ética. Em algumas delas, seu próprio corpo é acionado, discutindo a coisificação de homens e mulheres na história presente e passada dos herdeiros da diáspora afro-atlântica no País”, afirma o curadoria Claudinei Roberto da Silva. Em cartaz na Fábrica de Arte Marcos Amaro. Até 4/4/2022.

Vista de Latitude 35 | Foto de Rafael Dabul

Latitude 35, de João GG
“A mostra busca pensar sobre as próprias origens e aspectos míticos e físicos da geografia gaúcha, fazendo emergir um lugar onde os mistérios da ficção suplantam de vez a aspereza da realidade”, afirma Renato Menezes, curador da exposição. A seleção de obras revela o hibridismo de técnicas e de materiais utilizados pelo artista gaúcho, com característica de telas, relevos, instalações entre outras modalidades artísticas que fazem parte de seu repertório. Na SOMA Galeria, em Curitiba. Até 20/2/2022.

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ÚLTIMOS DIAS
APÊnas
Mostra organizada por um grupo de artistas visuais que trabalham em diversos  campos de experimentações estéticas. Com curadoria coletiva, o mote da exposição é investigar a poética dos novos usos da casa durante a pandemia, que alterou radicalmente as relações entre espaço público e privado. Alex Januário, Beatriz Nogueira, Cris Panariello, Juliana Brito, Leandro Araújo e Luciana Pareja, entre outros, usam o lar como suporte, em uma tentativa de subverter noções de ordem.Pareja, em Cobogós e Altares (2021), por exemplo, faz um mosaico com materiais recicláveis que alude ao barroco mineiro, mimetizando os tijolos vazados característicos da arquitetura modernista. Visitação por agendamento via WhatsApp (11) 97564-1642. De 17 a 19/12.

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CINEMA
Festival Internacional de Cinema e Vídeo Ambiental 
Em formato híbrido, o festival na Cidade de Goiás exibe 52 produções em quatro mostras competitivas, Washington Novaes, Cinema Goiano, Becos da Minha Terra e Videoclipes. As oficinas e mesas de debate são realizadas de forma presencial, enquanto as mostras cinematográficas e algumas apresentações artísticas estarão disponíveis nas plataformas digitais. “O Fica é um compromisso de mostrar às futuras gerações que podemos recuperar muita coisa no meio ambiente”, afirma o governador Ronaldo Caiado. A 22ª edição do evento acontece até 19/12, com encerramento e show do músico Renato Teixeira.