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Vista de No Meu Sonho, Eu Posso Ser Quem Eu Quiser, de Jess Vieira [Foto: Divulgação]
Postado em 15/06/2022 - 2:17
Agenda para Adiar o Fim do Mundo (15 a 22/6)
Individual de Jess Vieira, mostra de cinema do IMS e peça teatral de Ilê Sartuzi estão na agenda da semana
Da Redação

No Meu Sonho, Eu Posso Ser Quem Eu Quiser, de Jess Vieira
A individual da artista brasiliense, na Galeria Periscópio, reúne série de pinturas de paisagens imaginárias, convidando o visitante a olhar para outros mundos possíveis. Um conjunto de telas de grande dimensão e outras pequenas, às quais ela se refere como “miniuniversos”, dividem sala com móbiles de tecido, peixes costurados a mão e miçangas, fazendo referência à mitologia iorubá e à espiritualidade. “Quando penso em sonho, penso nesse lugar em que não existe realmente um limite, em um corpo forte e ainda frágil, um corpo-nuvem. De alguma forma, minhas pinturas estão carregadas desse outro universo”, conta Vieira. Curadoria de Lorraine Mendes. Até 16/7.

Desenho de ​​Julia Gallo [Foto: Divulgação]
ABERTURAS
Ato
25M, espaço independente localizado na Galeria Metrópole, em São Paulo, abre mostra das artistas Julia Gallo e Marina Woisky no próximo sábado, 25/6. Acompanhados de texto crítico de Ana Paula Cohen, os trabalhos evocam aspectos teatrais da imagem e transitam entre os planos bi e tridimensionais: seja nas finas esculturas de Woisky, em que uma imagem apropriada adquire outro significado e materialidade, ou nas projeções de sombra de Gallo, onde há uma ficcionalização do próprio corpo. Este é o segundo evento do espaço em 2022, que planeja realizar mostras combinando artistas e curadores emergentes. Visitações aos sábados no período da tarde e durante a semana com agendamento prévio pelo instagram do espaço @25msaladeprojetos ou via e-mail contato@25m.art.br.  

Azulejos de Rubens Gerchman instalados na Piscina do Sesc Pompeia [Foto: Everton Ballardin/Divulgação]
Pequenas Pedras Polidas – Azulejaria no Acervo Sesc e em Outras Coleções
Abre hoje, 15/6, no Sesc Santo André, mostra sobre a utilização do azulejo na produção artística brasileira, evocando a diversidade de linguagens entre artistas modernos e contemporâneos. Com cerca de 50 obras, 28 pertencentes à coleção do Sesc, a exposição, com curadoria de Yuri Quevedo, é resultado de uma extensa pesquisa sobre a produção da azulejaria no Brasil, reunindo artistas como Athos Bulcão, Alfredo Volpi, Flavio de Carvalho, Regina Silveira, Sandra Cinto e Rosana Paulino. Grandes painéis são representados em fotos, enquanto serigrafias, desenhos e estudos indicam modelos para aplicação em grandes superfícies. Há ainda trabalhos em que os artistas utilizam o azulejo como suporte para pintura; e outros, nas composições de suas telas, fotografias e técnicas de impressão. 

Floresta Brasileira, de Johann Moritz Rugendas [Foto: Jaime Acioli/Divulgação]
EM CARTAZ
O Olhar Germânico na Gênese do Brasil
A partir da doação de 4.255 obras, entre pinturas, gravuras, desenhos, mapas, livros de viagem e objetos, da Coleção Geyer ao Museu Imperial, em Petrópolis, estrutura-se a mostra, em cartaz até 7/8. Os curadores Maurício Vicente Ferreira Júnior, diretor do Museu Imperial, e o historiador de arte Rafael Cardoso selecionaram 200 obras, divididas em quatro núcleos expositivos, para reconstituir parte da contribuição germânica [alemães, austríacos e suíços] à formação cultural do Brasil do século XIX, acrescidos de peças do acervo do Museu Imperial e itens emprestados da coleção particular de Flávia e Frank Abubakir. Entrada gratuita. 

Obra de Barbara Copque [Foto: Divulgação]
Nem Sempre Dias Iguais
Trabalhos das artistas cariocas Bárbara Copque, Cláudia Lyrio e Yoko Nishi ocupam o Palácio do Catete, no Museu da República, Rio, até 25/9. Cerca de 68 obras, entre pinturas, desenhos e fotografias, produzidas durante o isolamento social, discorrem sobre temas cotidianos para além da pandemia, como o contato com o mundo através das telas, as relações interpessoais e o excesso de informações e imagens fragmentadas do nosso dia a dia. ”São olhares que desafiam o medo e a angústia, criando possibilidades de fuga. A porta da rua, as imagens digitais temporárias, grafismos que criam outras invisibilidades são as vias escolhidas por essas mulheres para ultrapassar. Independente do momento, sempre existirá resistência, procura, erros e acertos; (…) sempre haverá essa luta entre a luz e a escuridão, entre o medo e o prosseguir, que leva a propostas e entendimentos incríveis. É o que define a superação criativa, tão inerente ao feminino”, escreve a curadora Isabel Portella.

Sem título (2021), de Fabio Miguez [Foto: Divulgação]
Alvenarias, de Fábio Miguez
Com curadoria de Luis Pérez-Oramas, a individual, na Nara Roesler SP, reúne mais de 40 pinturas do artista, até 23/7. Organizados em duas séries, intituladas Atalhos e Volpi, os trabalhos representam os desdobramentos mais recentes de sua pesquisa pictórica da última década, uma investigação sobre obras da história da pintura não só em sua matriz europeia, mas também brasileira. Esse interesse deu origem a Atalhos, composta por pinturas em pequeno formato, e Volpi, em que Miguez realiza inversão de escala e amplia detalhes de obras do pintor ítalo-brasileiro, remetendo à alvenaria e transformando as telas em verdadeiros muros pictóricos. 

Marlon Riggs e Essex Hemphill no filme Línguas Desatadas. [Foto: Ron Simmons/Divulgação]
CINEMA
Bixaria Negra – O Cinema de Marlon Riggs
Pela primeira vez, a filmografia completa do cineasta afro-americano é exibida no Brasil. Com curadoria de Bruno F. Duarte, a mostra acontece no IMS Rio e Galpão Bela Maré, entre 16 e 30/6, e em São Paulo, no IMS Paulista, de 22 a 29/6. Além dos oito filmes do diretor, a programação traz nove curtas de jovens cineastas brasileiros, negres e LGBTI+, como Noite das Estrelas, de Wallace Lino e Paulo Victor Lino, e Fartura, de Yasmin Thayná, e debates sobre a obra de Riggs acerca de questões como sexualidade e raça. Programação completa pelo link. R$ 10. 

Cabeça Oca Espuma de Boneca, de Ilê Sartuzi [Foto: Divulgação]
TEATRO
Cabeça Oca Espuma de Boneca
Ilê Sartuzi estreia neste sábado, 18/6, peça teatral sem atores no Sesc Pompeia. Por meio de diversos dispositivos que animam objetos, o espetáculo explora linguagens que se encontram entre as artes cênicas, plásticas, sonoras e do cinema expandido, projetando um corpo fragmentado em peças antropomórficas e novas concepções dessas próteses corpóreas e pseudo-subjetividades. A instalação no tempo e espaço foi exibida, pela primeira vez, em 2021, no Auroras.

Palhaça Leila Simplesmente Leila, de Não Aprendi Dizer Adeus [Foto: Divulgação]
Não Aprendi Dizer Adeus
A partir de 17/6, a Oficina Cultura Oswald de Andrade, em São Paulo, recebe o espetáculo de Bárbara Salomé, abordando a morte em linguagem de palhaçaria. A peça apresenta a palhaça Leila Simplesmente Leila, interpretada pela artista mineira, de forma leve, divertida e metafórica diante dos cinco momentos do luto: negação, barganha, raiva, depressão e aceitação. Idealizadora do projeto, Salomé pesquisa a linguagem do palhaço para além da cena, na relação direta com as pessoas. ”Tudo o que é inadequado é próprio de uma palhaça. O medo de lidar com a morte nos gera tanta angústia que pode nos fazer morrer em vida. Que consigamos brincar com ela enquanto estivermos vivos”, afirma a diretora Rafaela Azevedo.