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Vídeo-performance de Thaís Iroko [Foto: Divulgação]
Postado em 03/08/2022 - 5:16
Agenda para Adiar o Fim do Mundo (3 a 10/8)
Mostra no Centro Cultural Inclusartiz, individual de Leila Danziger no MUJ e edital da 22ª Bienal Sesc_Videobrasil são alguns dos destaques da semana
Da Redação

ABERTURAS
Quermesse
Para encerrar a 11ª edição do programa Imersões Poéticas, o Centro Cultural Inclusartiz abre a mostra neste sábado, 6/8, fruto da parceria com a Escola Sem Sítio. Com curadoria de Cadu e Pollyana Quintella, a exposição apresenta trabalhos – entre desenhos, pinturas, fotografias e videoarte – desenvolvidos por dez artistas que integraram o programa de formação neste primeiro semestre de 2022, como Ana Bia Novais, Bia Lopes, Carlos Mello Carvalho, Emiliano Freitas, Suelen Lima, e Thaís Iroko. Os trabalhos produzidos giram em torno da memória, infância e ancestralidade, com uma inclinação antropofágica que evoca a semana de 1922. ”A partir deste conceito, de apropriação e incorporação de alteridades, em que cada um entra com um pouco, criamos juntos o título da mostra”, revela o curador. Entrada gratuita.

Datlhe de Quando as Fronteiras Visitam o Centro (2020-22), de Sandra Boeschenstein [Foto: Leonor Calazans/Divulgação]
Encantar na Fronteira do Conhecimento, de Sandra Boeschenstein
O Centro Maria Antonia da USP inaugura, neste sábado, 6/8, a individual da artista suíça sobre a fronteira entre arte e conhecimento. A mostra, em parceria com o Instituto de Estudos Avançados (IEA) da USP e o Centro de Pesquisa Interdisciplinar da Universidade de Bielefeld (ZiF), na Alemanha, traz obras que buscam o conhecimento pelo desenho, explorando a fronteira entre tangível e intangível, imagem e linguagem, e informação e poesia. Boeschenstein coloca o ato de percepção no centro, tornando visível a natureza dinâmica dos significados. “Mentalmente, cognição e pensamento não possuem relação hierárquica. A minha questão é como o significado aparece enquanto eu observo e desenho”, escreve. A exposição, com curadoria de Britta Padberg e Martin Grossmann, estabelece uma espécie de jogo com o visitante, causando estranhamentos, deslocamentos, indagações, fundamentais na expansão do conhecimento. Entrada gratuita.

Still do vídeo Licking the Pan (2021), de Laima Leyton em colaboração com Pedro Kuster [Foto: Divulgação]
Mãe
Depois de passagem por Londres, a mostra coletiva chega a São Paulo no sábado, 6/8, no Espaço CAMA, com produção de 15 artistas acerca da maternidade. A proposta é investigar por meio da arte as estruturas sociais criadas ao redor da figura materna e sobre a desconstrução do termo, visando a encarnação da maternidade como potencial. Artistas como Mogli Saura, Laima Leyton, Tonico Lemos, Brisa Noronha, Bruno Baptistelli, Ingrid Berthon-Moine e Penelope Kupfer, idealizadora do projeto, apresentam trabalhos que desafiam as restrições que definem essa instituição, enquanto aberta e corajosamente incorpora a maternagem como potencial criativo e radical. A programação da mostra inclui palestras, webinar, performances e apresentações audiovisuais com artistas e convidados. Curadoria de Julia Morelli.

Luther King e Heschel (2021), de Leila Danziger [Foto: Wilton Montenegro/Divulgação]
EM CARTAZ
Descer da Nuvem, de Leila Danziger
A individual, com curadoria de Felipe Chaimovich, desperta reflexões acerca da identidade judaica, nomeação e memória, além de proporcionar ao público acesso a parte do acervo do Museu Judaico de São Paulo. A artista, poeta, professora e pesquisadora explora a coleção de livros, fotografias e antigos documentos do Centro de Memória da instituição, sobre a imigração e presença judaicas no Brasil. Danziger agrupou lembranças de pessoas desconhecidas com objetos de sua própria família, combinando figuras políticas com alguns personagens de ficção. A intenção de seu trabalho é fazer com que o público reflita sobre sua própria história por meio de retratos, recordações e identidades. R$ 20. Até 6/11. 

Vista de A Conjunction of Factors, de Cinthia Marcelle, no MACBA [Foto: Divulgação]
ONLINE
On Air, de Cinthia Marcelle
Está no ar a terceira versão do projeto, iniciado em 2018, em parceria com a plataforma aarea, e paralelo à mostra da artista no Museu de Arte Contemporânea de Barcelona. No trabalho, Marcelle convida o público a reescrever e reencenar coletivamente Sortilégio, peça escrita em 1951 e reescrita em 1978 por Abdias Nascimento. Os diálogos da peça são compostos pelo visitante a partir de músicas que emprestam seus títulos às falas das personagens, ativando, assim, a peça radiofônica. No MACBA, Cinthia constrói uma grande instalação para audição e também para a escolha das músicas. A iluminação local responde instantaneamente às mudanças e às interrupções da seleção musical, e a sala, uma grande vitrine aberta para as ruas de Barcelona, pode ser vista de fora a qualquer hora do dia. 

As Sementes de Vandana Shiva (2021), de Camilla Becket e James Becket [Foto: Divulgação]
CINEMA
11ª Mostra Ecofalante de Cinema
De 4 a 14/8, a Cinemateca Brasileira, em São Paulo, sedia o evento com exibição gratuita de diversos títulos. Além de filmes inéditos e mesas de conversa, no domingo, 7/8, é exibida a versão recém-restaurada em 4K de Sambizanga, da cineasta Sarah Maldoror, primeira mulher negra a dirigir um longa-metragem na África. Também é destaque a exibição, no sábado, 13/8, de Koyaanisqatsi, marco do cinema socioambiental dirigido pelo norte-americano Godfrey Reggio, que comemora os 40 anos de sua primeira apresentação. Confira a programação completa pelo link.

Capa de Improvável, livro de Elisa Stecca [Foto: Divulgação]
LITERATURA
Improvável, de Elisa Stecca
A artista paulistana lança neste sábado, 6/8, seu terceiro livro, junto à exposição na Biblioteca Mário de Andrade, no centro de São Paulo. A obra reúne sua produção mais recente, com destaque para a exposição Silêncio, no Museu de Arte Sacra de São Paulo, que foi recorde de visitação; Salar, Black is Beautiful, séries usando vidro e nanquim, inspiradas pela luta antirracista e no movimento Black Lives Matter, e Garimpo, em que reflete sobre o garimpo ilegal no Brasil e a violência contra os povos originários. A exposição de mesmo nome é uma compilação de várias séries retratadas no livro e funciona como uma imersão no processo de produção de Stecca, que trabalha com criações em fluxo e ideias que se desdobram em diversos suportes. O livro tem apresentação de Rejane Cintrão, que também assina a curadoria da exposição. No lançamento, acontece tarde de bate-papo e autógrafos com a autora. R$ 143.

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Bienal Sesc_Videobrasil
Até 2/9, estão abertas as inscrições para a 22ª edição da mostra, que acontece em outubro de 2023, em São Paulo. Com o título A Memória é uma Ilha de Edição, o evento marca os 40 anos do Videobrasil, encontro dedicado inicialmente ao vídeo e que ao longo das décadas se expandiu para as mais variadas linguagens artísticas. Para muito além dessas “ilhas de edição” particulares, os curadores Raphael Fonseca e Renée Akitelek Mboya buscam selecionar trabalhos que tratem das memórias coletivas, das lembranças e esquecimentos que constroem narrativas históricas e sociais, relativas a povos, nações e regiões geográficas. A Bienal recebe inscrições de obras em qualquer formato e idioma de artistas e/ou coletivos nascidos em países do Sul Global, da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), ou radicados neles há pelo menos cinco anos, e artistas indígenas de quaisquer nacionalidades. Inscrições pelo link.

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Fórum Zadig – Liberdade de Expressão e Neofascismo
Acontece neste sábado, 6/8, o fórum promovido pelo grupo de trabalho Doces & Bárbaros ZADIG [Zero Abjection Democracy International Group] Brasil, ligado à Associação Mundial de Psicanálise [AMP]. Pensadores fulcrais para o debate político brasileiro, como Newton Bignoto e Vladimir Safatle, dividem as quatro mesas de debate com psicanalistas, juristas e jornalistas para discutir o avanço do neofascismo no mundo, assim como temas correlatos, como intolerância, discursos de ódio, guerras culturais, cancelamento e fake news. O fórum acontece das 9h às 14h, em modelo híbrido: presencialmente no Hotel Intercity Portofino, em Florianópolis, e de forma remota, via Zoom da Escola Brasileira de Psicanálise. Inscrições pelo link.