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Still de Um Céu Partido ao Meio, de Danielle Fonseca (Foto: Divulgação)
Postado em 09/02/2022 - 5:44
Agenda para Adiar o Fim do Mundo (9 a 16/2)
Edição especial da agenda destaca os principais eventos culturais que acontecem durante o centenário da Semana de Arte Moderna de 1922
Da Redação

Raio-Que-O-Parta: Ficções do Moderno no Brasil
A mostra, com abertura 16/2, no Sesc 24 de Maio, reúne cerca de 600 obras, entre desenhos, pinturas, esculturas, fotografias, filmes e documentos, de 200 artistas, como Lídia Baís, Mestre Zumba, Anita Malfatti, Tomie Ohtake, Alberto da Veiga Guignard, Rubem Valentin, Tarsila do Amaral, Mestre Vitalino, Lasar Segall, entre outros, para refletir e analisar criticamente os contextos históricos da modernização no território brasileiro. Com curadoria de Aldrin Figueiredo, Clarissa Diniz, Divino Sobral, Marcelo Campos, Paula Ramos, Raphael Fonseca e consultoria de Fernanda Pitta, o projeto integra a ação em rede do Sesc São Paulo, Diversos 22 – Projetos, Memórias, Conexões, em razão do centenário da Semana de Arte Moderna e do Bicentenário da Independência do Brasil.

Semana De Arte Mundana (2022), de Mundano (Foto: Divulgação)

ABERTURAS
Semana de Arte Mundana, de Mundano
Lama de Brumadinho, cinzas de queimadas no Cerrado, na Amazônia, Mata Atlântica e no Pantanal, e óleo que atingiu as praias do nordeste são elementos que o artista paulistano utiliza na construção das obras em sua individual, com curadoria de Enivo e Denilson Baniwa, na galeria Kogan Amaro. Sua produção engloba resíduos às obras, com o intuito de provocar a reflexão sobre questões socioambientais e a função da arte. “O título da exposição tem como referência o centenário da Semana de 1922. Uma das obras de destaque é o próprio convite para a abertura”, afirma o artista. Mundano se apropria da estética do icônico cartaz da Semana de Arte Moderna, de Di Cavalcanti, propondo um questionamento sobre o momento atual da arte. A partir deste sábado, 12/2.

(Foto: Divulgação)

Opy Avaxi
A Casa do Povo, a Pinacoteca de São Paulo, Centro de Trabalho Indigenista, a Comissão Guarani Yvyrupa e as comunidades das Terras Indígenas Tenondé Porã e Jaraguá se reúnem amanhã, 10/2, às 18h30, para trazer reflexões sobre a relação entre a produção artística contemporânea e as práticas culturais indígenas, do elemento central das práticas culturais do povo Guarani Mbya: o milho, disparador de rituais, memórias e retomadas. O evento, sediado na Casa do Povo, inclui o lançamento do livro Ara Pyau – Tempo Novo, de Jera Guarani e CTI, exibição de Nhe’ē Mbovy’aa – O que Alegra os Nossos Espíritos, do Programa Aldeias e CTI, e a degustação de pratos inspirados no milho guarani criados pelas chefs Helena Rizzo e Bel Coelho junto de lideranças de aldeias Guarani Mbya de São Paulo. 

Fachada com Bandeiras (1959), de Volpi (Foto: Divulgação)

Volpi Popular
O Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand apresenta, entre 25/2 a 5/6, a mostra do pintor ítalo-brasileiro. Com curadoria de Tomás Toledo, esta é a terceira exibição de uma série de individuais que o museu vem organizando em torno de artistas modernistas brasileiros e cuja obra emprega referências populares. A primeira da série, Portinari Popular, foi apresentada em 2016 e a segunda, Tarsila Popular, em 2019. Neste ano, o MASP abre seu espaço para receber cerca de 100 trabalhos de Volpi, oferecendo ao público um panorama, dividido em 7 núcleos temáticos, de sua produção. A exposição marca o início do programa de 2022 do museu, dedicado às Histórias Brasileiras da arte, concluindo o biênio do eixo temático com novas narrativas visuais, mais inclusivas, diversas e plurais sobre as histórias do Brasil.

O Jantar (1942), Ernesto De Fiori (Foto: Acervo do Museu de Arte Brasileira – MAB FAAP)

Modernos
A partir de 10/3, o Museu de Arte Brasileira da FAAP abre mostra que comemora o centenário da Semana de Arte Moderna de 1922. Dividida em dois grandes núcleos, a expo aborda o antes e o depois da manifestação artístico-cultural: Antes de 1922, com curadoria de Felipe Chaimovich, fica em cartaz por três meses, e Depois de 1922, com curadoria de Laura Rodríguez, segue até novembro. “Com um significativo núcleo de obras do modernismo brasileiro e de seus continuadores, não poderíamos deixar de relembrar esse momento tão importante, que marcou a época e trouxe transformações para o campo das artes e da cultura no Brasil”, destaca a diretora do MAB FAAP, Fernanda Celidonio. Entrada gratuita.

(Foto: Divulgação)

EM CARTAZ
Flup 2022
Acerca do debate sobre a presença negra nos cem anos da Semana de Arte Moderna, o festival, de 11 a 17/2, realizado no Museu de Arte do Rio (MAR) e no Museu da História e Cultura Afro-Brasileira (Muhcab), na região da Pequena África, no Rio de Janeiro, oferece programação de mesas de conversas, shows, performances e espetáculos de dança para celebrar o Modernismo Negro, refletindo sobre as desigualdades históricas e a marginalização da cultura negra. A edição homenageia Lima Barreto, Pixinguinha, Josephine Baker e Chiquinha Gonzaga, com atrações de afrofunk de Taísa Machado, o show de Amaro Freitas e muito mais! 

Vista de Brasilidade Pós Modernismo (Foto: Divulgação)

Brasilidade Pós-Modernismo
Com curadoria de Tereza de Arruda, a exposição evidencia os marcos que a Semana de 22 trouxe às artes visuais brasileiras ao reunir obras inéditas e emblemáticas de 51 artistas. Em cartaz no CCBB São Paulo, a mostra chama atenção para as diversas características da arte contemporânea, apresentando artistas de diferentes gerações e linguagens, dentre os quais estão Adriana Varejão, Anna Bella Geiger, Arnaldo Antunes, Cildo Meireles, Daniel Lie, Ernesto Neto, Gê Vianna, Jaider Esbell, Rosana Paulino e Tunga. Até 7/3. Entrada gratuita. 

Abaporus (2022), de Alexandre Ignacio Alves (Foto: Divulgação)

+100 = 22/Quantos Patos na Lagoa?
A expo inaugural da galeria b_arco em 2022 reúne artistas convidados e representados para problematizar o legado da Semana, apresentando outras narrativas sobre o modernismo, baseadas em ancestralidades e numa aposta de desdobramentos mais igualitários na arte e na vida social a partir das revisões que marcam o centenário na cidade e no Brasil. Alexandre Ignacio Alves presenteia o visitante com duas pinturas enigmáticas sob o título Abaporus (2022), retratos de Raul Forbes e Eduardo Constantini, que compraram a tela, respectivamente, por US$ 250 mil, em 1984, e US$ 1,35 milhão, em 1995. “Minha ideia foi retratar a neoantropofagia liberal”, afirma o artista à seLecT. Além de Alves, integram a expo Armando Queiroz, Mariano Klautau Filho e Renata Laguardia, entre outros. Até 5/3.

Vista de América, de Sallisa Rosa (Foto: Fabio Souza/Divulgação)

América, de Sallisa Rosa
Está aberta a segunda exposição do projeto Supernova: a individual da artista goiana, com curadoria de Beatriz Lemos, apresenta produção em barro acerca da história nacional, desenvolvida especialmente para o MAM-Rio. “Sou neta de América. A minha avó nasceu em 12 de outubro, dia em que o italiano Cristóvão Colombo, enviado pela Coroa Espanhola, invadiu este continente e, por isso, chamaram-lhe América. Feita herdeira das histórias tristes e violentas, América é imensa, forte e farta. Vovó América é grande tal qual, imensa, continental”, afirma a artista. É a partir de sua trajetória pessoal que Sallisa esculpe as narrativas sobre o corpo e a ancestralidade, buscando evidenciar as relações entre colonialidade e memória. Ingressos pelo link. Até 13/03.

Pau-Brasil (2014), de Thiago Honório (Foto: Edouard Fraipont)

Alegria, uma Invenção
Partindo da premissa de que a Semana de 22 contribuiu para a criação de ficções alinhadas ao projeto modernista de construção da identidade nacional, a curadoria, assinada por Patricia Wagner, busca problematizar a caracterização do brasileiro enquanto “povo alegre”, idéia que se tornou senso comum desde os anos 1920. A exposição ocupa simultaneamente os três pavimentos da Central Galeria e reúne obras de AVAF, Camile Sproesser, Carmézia Emiliano, #ColeraAlegria, Felipe Cohen, Gustavo Torrezan, Lourival Cuquinha & Luciana Magno, Manauara Clandestina, Mano Penalva, Santarosa Barreto, Thiago Honório, Vivian Caccuri & Gustavo Von Ha, Yhuri Cruz, entre outros. Em cartaz até 26/3. 

Rio Machado – Rondônia (1975), de José Cláudio da Silva (Foto: Acervo dos Palácios)

A Amazônia de José Cláudio da Silva: a Bordo do Garbe, com Paulo Vanzolini
O visitante confere 100 pinturas em óleo sobre tela do artista pernambucano, realizadas durante uma expedição científica, em 1975, liderada pelo famoso compositor e zoólogo, Paulo Vanzolini, também diretor do Museu de Zoologia da Universidade de São Paulo. José Cláudio viajou por 60 dias a bordo do barco Garbe, pintando paisagens, a imensidão dos rios, as comunidades locais e a diversidade da fauna e flora; o registro realizado possibilita perceber as mudanças nos últimos 50 anos. Em cartaz no Palácio dos Bandeirantes, São Paulo, até 31/03.

Vista da mostra Era Uma Vez o Moderno [1910-1944] (Foto: Karim Kahn/Divulgação)
Era Uma Vez o Moderno [1910-1944]
Com a proposta de mostrar a dimensão humana das mulheres e homens que participaram do debate em torno da possibilidade de se fazer uma arte moderna no Brasil, a exposição em cartaz no Centro Cultural Fiesp é uma parceria com o Instituto de Estudos Brasileiros da Universidade de São Paulo (IEB/USP). Apresentando uma sequência de fatos históricos e culturais por meio das próprias vozes, influências e até mesmo dos dilemas e conflitos dos artistas que viveram o modernismo, a exposição mergulha na intimidade daqueles que construíram este movimento cultural a partir de diários, cartas, manuscritos, fotos e obras, por exemplo, a carta de Mário de Andrade para Tarsila do Amaral, em 1929, na qual ele comunica o rompimento da relação de amizade com o também modernista Oswald de Andrade. O diário de Anita Malfatti, de 1914, que registra os preparativos da sua primeira exposição individual, realizada em São Paulo, também é exposto, assim como objetos, diários e fotos que resultaram das viagens de Mário de Andrade à região Amazônica e às cidades do Norte e Nordeste do Brasil, comprovando seu interesse pela pesquisa de caráter etnográfico. Até 29/5.

Detalhe de um dos painéis de Di Cavalcanti (Foto cortesia Funarj / Divulgação)

A Afirmação Modernista – A Paisagem e o Popular Carioca na Coleção Banerj
A exposição, com curadoria de Marcus Lontra e Viviane Matesco, apresenta produções que contextualizam a história do modernismo carioca, que se contrapõe ao paulista ao acentuar o caráter popular e retratar as diversas paisagens da cidade litorânea. Com acervo constituído por 880 obras, entre pinturas, desenhos, gravuras e esculturas dos séculos 19 e 20, 127 peças do extinto Banerj, hoje sob os cuidados da Fundação Anita Mantuano de Artes (Funarj), estão em cartaz na mostra, como painéis de Di Cavalcanti, Marcier, Cícero Dias, Carybé e obras de artistas referenciais da arte brasileira, como Guignard, Pancetti, Portinari, Anita Malfatti e Djanira. Em cartaz no Paço Imperial, Rio de Janeiro, até 20/3.

(Foto: Divulgação)

Recortes Modernos, de Alfredo Ceschiatti 
O Governo de Minas Gerais, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo, inaugura exposição do escultor modernista no Palácio da Liberdade, em Belo Horizonte. ”Quando colocamos as obras de Ceschiatti entrelaçadas com a história e simbologia religiosa do Palácio, queremos que passado e presente se confluam, mas sem deixar para trás a vanguarda”, afirma Leônidas Oliveira, secretário de Estado de Cultura e Turismo. A mostra conta com 13 esculturas do artista compreendidas entre o período de 1942 a 1969, muitas delas expostas pela primeira vez, como O Anjo e O Contorcionista – ambas usadas como protótipos do projeto final da Catedral de Brasília e do Teatro Nacional, em Brasília. Entrada gratuita, até 13/3.

Magnólia Costa (Foto: Nicole Nigor)

INSCREVA-SE
O Modernismo Além de São Paulo e Além de 22
A palestra, realizada amanhã, 10/2, às 19h, pela professora de História da Arte, Magnólia Costa, coloca em questão o legado do movimento artístico e sua reverberação sociopolítica na arte. Acesso pelo link. O evento inaugura o Espaço Casa, no Casapark, em Brasília, junto com a mostra Rastros do Modernismo: 100 anos da Semana de Arte Moderna de 1922, com curadoria de Carlos Silva e obras de Emiliano Di Cavalcanti, Fayga Ostrower, Roberto Burle-Marx, Marília Rodrigues, entre outros. A exposição, em cartaz até 27/2, é dividida em cinco eixos e apresenta um panorama das artes visuais no Brasil ao longo dos últimos 100 anos. 

(Foto: Divulgação)

O Que Fez o Moderno com o Carnaval? – Por entre Nacionalismo, Africanismos e Identidade Brasileira 
O curso online, organizado pelo Sesc Avenida Paulista e ministrado pelo pesquisador e educador Uila, propõe ampliar o olhar, para além do Sudeste, sobre as mudanças e avanços que o modernismo trouxe na virada do século XIX para o XX, por meio da análise do Carnaval de Salvador nesse período, cuja articulação se deu por parte da população negra. O evento marca a elaboração de possíveis identidades no pós-abolição, as quais foram parte fundamental da formação da nossa identidade e estética brasileiras modernas. De 15 a 19/2, das 20h às 22h e sábado, das 15h às 17h. Inscrições gratuitas pelo link.

(Foto: Divulgação)

ONLINE
Jornada Modernismos
Até 12/2, a Companhia das Letras transmite série de debates interdisciplinares sobre a Semana de Arte Moderna, discutindo o contexto histórico, social, político e cultural em que ocorreu o evento e seus desdobramentos no contexto de seu centenário. Os debates são transmitidos no canal do YouTube da editora. Ainda, é lançado Modernismo 1922-2022, volume especial com 29 ensaios inéditos que festejam, questionam e provocam reflexões sobre a Semana de 22 e seus desdobramentos, revisitando suas memórias e fortuna crítica.

(Foto: Divulgação)

Agenda Tarsila
A Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo lançou, em setembro, a Agenda Tarsila, um braço do projeto Modernismo Hoje, concebido para celebrar o legado da Semana de Arte Moderna de 1922. Além de guia da programação relacionada ao centenário, o site apresenta a história do movimento modernista, curiosidades, galerias de fotos, entrevistas exclusivas com familiares, artistas contemporâneos e pesquisadores dos principais personagens da Semana. O projeto disponibiliza ainda conteúdo regularmente atualizado nas redes sociais com novidades envolvendo a efeméride. Toda a gestão e produção da Agenda Tarsila é realizada pela Organização Social Amigos da Arte.

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PODCAST
Palavra Alada
Com estreia em 13/2, o podcast sobre literatura brasileira aborda a primeira fase do modernismo, de 1922 a 1930, como tema de seu primeiro episódio. O projeto é uma extensão da série audiovisual homônima da TV Escola, e já tem previstos mais dois episódios, que correspondem às duas fases seguintes do movimento (entre 1930 e 1960), ainda neste ano. O podcast tem apresentação da atriz Drica Moraes e curadoria do escritor, poeta e acadêmico Antônio Carlos Secchin, que afirma: “O modernismo dessacralizou a linguagem, incorporou temas do cotidiano, mergulhou muito numa realidade brasileira que não é apenas a urbana. Abrir todos esses ‘Brasis’ que existem dentro do Brasil foi uma tarefa muito meritória do modernismo”.

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Leitura em Som Maior
O projeto de extensão da Universidade Federal do Espírito Santo conta com mais de trinta áudios de leituras de poemas, narrativas, conferências e biografias de autores modernistas. O acervo do projeto cresce a cada semana e o seu acesso, totalmente online, é aberto e gratuito. Iniciada em maio de 2021, a coleção Semana de 22 é composta por três séries: Personagens que Narram; Ensaios, Conferências, Capítulos; e Poemas. A seleção e a organização dos textos ficam a encargo de Pedro Benjamin Garcia, Márcio Vinícius Delgado e de Fabiano Moraes, que além de coordenar o projeto, é quem dá voz às gravações. Os áudios estão disponíveis no Canal do YouTube e no Podcast do projeto.

(Foto: Divulgação)

LIVROS
Manifestos Modernistas
Em comemoração dos 100 anos da Semana de Arte Moderna de 1922, a obra reúne os 5 manifestos mais importantes do Modernismo brasileiro. De Mário de Andrade: Prefácio Interessantíssimo, publicado em Pauliceia Desvairada (1922); A Escrava que não É Isaura (1925). De Oswald de Andrade: Manifesto da Poesia Pau-Brasil (1924), Manifesto Antropofágico (1928). Dos grupos Verde-Amarelo e Escola da Anta, o Manifesto Nhengaçu Verdeamarelo (1929). Ao final do volume, há a biografia circunstanciada dos principais personagens envolvidos nesses manifestos. Editora Serra Azul, 176 págs., R$ 10 (livro digital).

(Foto: Divulgação)

Modernidade em Preto e Branco: Arte e Imagem, Raça e Identidade no Brasil, 1890-1945, de Rafael Cardoso
Geralmente entendido como um movimento de elite, o modernismo brasileiro costuma ser associado a um seleto grupo paulistano. Contudo, desde as primeiras favelas das décadas de 1890 e 1900 até a reinvenção do Carnaval nos anos 1930 e 1940, e atravessado pelo boom das novas mídias impressas e da fotografia, o modernismo perpassou diversas classes sociais e áreas geográficas. Neste livro, Rafael Cardoso oferece uma releitura radical do movimento, trazendo à luz elementos absolutamente centrais para seu desenrolar ― e que não se encontram somente em terras paulistas. Ilustrado com uma centena de imagens, a obra sintetiza extensa pesquisa de diversos âmbitos da sociedade brasileira entre 1890 e 1945. Editora Companhia das Letras, 372 págs., R$ 100.

Fotografia e fotomontagem da Série Paridade (2018), de Gê Viana

ÚLTIMOS DIAS
Imagens Que Não Se Conformam
A partir da coleção do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro (IHGB), a mostra, em cartaz no Museu de Arte do Rio, busca renovar os significados das peças da coleção para interrogar, do ponto de vista artístico, as visões sobre a história do Brasil. ”Aqui, lidamos com questões prementes, como a reparação histórica, discursos identitários e protagonismo de artistas descendentes dos povos originários, afrodescendentes e de gêneros dissidentes, ausentes das imagens da história.”, escrevem os curadores Marcelo Campos e Paulo Knauss. O MAR e o IHGB se juntam, nessa coletiva de peso, para pensar a construção do Brasil, contribuindo para a construção histórica do presente. Até 13/2.