Doze galerias brasileiras participaram da ARCOmadrid 2017, entre 200 galerias expositoras. A partir dos conjuntos de obras apresentados em nossos estandes, destacamos oito fortes temáticas, que se espraiam entre artistas de outras partes do planeta e ecoam em galerias cubanas, francesas, espanholas, suíças etc. Confira os temas e obras de maior destaque na 36ª edição da tradicional feira de arte contemporânea de Madrid, ponto de encontro entre a Europa e as Américas.
Modernos e concretos

Trabalho de Volpi na ARCOmadrid 2017
Frequentadora do programa geral de galerias da ARCOmadrid há mais de uma década, a Luciana Brito Galeria deu um salto qualitativo no padrão dos estandes de feira. Em parceria com o curador Daniel Rangel, realizou no espaço da ARCO uma curadoria de arte brasileira de vertentes concreta, neoconcreta e conceitual, com obras de peso de Hélio Oiticica (dois Metaesquemas), Waldemar Cordeiro, Geraldo de Barros, Regina Silveira, Julio Plaza e – novidade! – Augusto de Campos, com cadernos originais de poemas históricos, como Lygia Fingers (1953). Esta é primeira vez que a galerista coloca à venda em seu estande uma tela de Alfredo Volpi.
A Dan Galeria trouxe à Madri o primeiro time da arte concreta cubana: Wifredo Arcay, Sandu Darié e Salvador Corratgé – artistas atuantes nos anos 1950, antes da ascensão de Fidel Castro –, que haviam sido exibidos na galeria paulistana na mostra La Isla Concreta, no ano passado.
Raquel Arnaud, a veterana da arte de vertente geométrica em São Paulo, homenageou o cearense Sérvulo Esmeraldo, morto em janeiro, situando-o no hall central do estande.

Trabalho de Lydia Okumura na ARCOmadrid 2017
Lydia Okumura, em exibição no Auroras e na galeria Jaqueline Martins, em São Paulo, até 11 de março, foi o destaque do estande da galerista paulistana, que vendeu uma obra da artista brasileira radicada em Nova York desde os anos 1970, para a coleção do Museu Reina Sofia, de Madri.
Concretos contemporâneos
Os portugueses André Guedes e José Pedro Croft, representante de Portugal na próxima Bienal de Veneza, são os destaques da Galeria Vera Cortês, de Lisboa.

Bloco Dourado (2016), de Ding Musa
Conhecido pelo trabalho fotográfico, o artista Ding Musa mostra engenhosidade concreta em escultura no estande da galeria Raquel Arnaud.

Trabalho de Rasheed Araeen
O paquistanês Rasheed Araeen (1932), convidado da 57ª Bienal de Veneza, está no estande da galerista catalã residente em São Paulo, Maria Baró.

Trabalho de Antonio Malta Campos na ARCOmadrid 2017

Trabalho de Mauro Giaconi

Penélope al Món de la Propaganda (2016), de Pep Agut

Power Food Museos (2009), de Miralda
O trabalho de Miralda, na galeria Moises Perez de Albeniz, faz referência às instituições artísticas.

Trabalho do filipino David Medalla

Me Chupa (2016), de Pedro Caetano (Foto: Cavalo)

Trabalho de Caio Reisewitz