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Postado em 03/10/2012 - 7:57
Arte mapeada
Nina Gazire

MoMA cria mapa social para a arte abstrata em parceria com a Columbia Business School

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A exposição Inventing Abstraction-1910-1915, que estará em cartaz no MoMA entre 23 de dezembro de 2012 e 15 de abril de 2013, pretende celebrar os cem anos de arte abstrata por meio de obras antológicas como qualquer exposição que se preze ao fazer uma retrospectiva sobre um movimento artístico. O marco histórico determinado pela mostra seria a obra Murnau – Jardim 1 (1910), de Wassily Kandinsky.

Porém, tão importante quanto tentar traçar uma genealogia das obras da exposição em si foi a inciativa surgida da parceria entre os curadores do MoMA e a Columbia Business School, que para esta mostra criaram uma espécie de rede social para a arte modernista. Explicando melhor, o trabalho consiste em uma série de infográficos e fluxogramas que mapeiam não só as relação entre as linguagens artísticas_ a influência da gravura japonesa, da arte africana, ou as relações entre o cubismo e o dadaísmo_ mas também a amizade e colaboração entre os artistas, músicos, cineastas que de alguma forma estiveram ligados à estética abstrada. O principal objetivo do trabalho é apresentar como o processo criativo se deu coletivamente resultando em diferentes leituras de um mesmo gênero estético.

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A ideia, que foi a de criar uma espécie de facebook para a arte moderna, será apresentada como um mapa explicativo dentro de um livro que será lançado concomitantemente à abertura da exposição e cuja pré-venda já pode ser realizada. Para realizar a empreitada o curador, Leah Dickerman, convidou o professor especialista em análise de redes, Paul Ingram, da Columbia Business School, para junto de sua equipe criar um  infográfico preciso sobre a arte modernista, usando métodos de mapeamento aplicados na aréa da Economia e Admnistração.

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A experiência de diagramar a história da arte não é uma novidade. Em 1919, o artista francês Francis Picabia, ligado ao dadaismo, trabalhava a hipótese de criação do movimento por meio de fluxogramas mentais. Mas a verdadeira inspiração para a criação de um mapa contemporâneo para a Arte Abstrata foi o gráfico concebido por Alfred H. Barr Jr., diretor e fundador do MoMA, em meados dos anos 1930, que criou um primeiro mapa para tentar traçar a origem dos movimentos de vanguarda e arte modernista no ano de 1936. Com 77 anos, o mapa criado por Barr é ainda considerado uma das principais referências, não só para a o ensino da história da arte, bem como para a arte da inforgrafia. 

Clique aqui para ver o infográfico na íntegra