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Postado em 04/10/2011 - 2:29
Artistas reinventam a re-forma
JM

Aberto para Re-Forma reúne treze artistas do Brasil, Japão, Kosovo, Peru e Equador no espaço independente Casa Contemporânea

A Casa Contemporânea, galeria gerida por artistas no bairro paulistano da Vila Mariana, foi inaugurada em pleno espírito de reforma, em julho de 2009. A primeira exposição que suas galerias abrigaram, intitulada DesOcupação, aconteceu na casa recém-desocupada que ainda seria reformada ao longo dos meses seguintes (o espaço abriu oficialmente em novembro do mesmo ano, com a mostra coletiva Ocupação). Entre as duas mostras inaugurais, aconteceram quatro exposições-relâmpago que se chamaram Entreatos e que podiam ser vistas apenas aos fins-de-semana, ou seja, quando a reforma estava concretamente interrompida, artistas retomavam o “clima de obra” e davam curso a uma reforma poética, que por sua vez se interrompia para que a “reforma em si” pudesse prosseguir. No blog da Casa, é possível conferir cada etapa das obras e intervenções artísticas daqueles meses de 2009, uma mais instigante que a outra. Na sequência de exposições podem-se ver os desdobramentos da apropriação do lugar inacabado e sempre em mutação, ao mesmo tempo em que se vislumbra a história material do espaço.

Esta breve biografia da Casa Contemporânea tem o propósito de situar as implicações poéticas da exposicão atualmente em cartaz no local: Aberto para Re-Forma, que apresenta trabalhos de onze artistas e uma dupla de artistas distribuídos em todos os cômodos da casa, inclusive no entorno, como a biruta que Leopoldo Ponce instalou no telhado, em que se lêem as palavras “contemporâneo”, de um lado, e “eterno”, do outro. Cada um dos participantes -são eles: Claudio Matsuno (que também assina a curadoria), Driton Selmani, Fabio Tremonte, James Kudo, Leopoldo Ponce, Marita Ibañez, Pablo Gamboa, Paula Ordonhes, Reynaldo Candia, Sérgio Bonilha e Luciana Ohira, Thais Beltrame e Yasushi Taniguchi- escolheu um aspecto do tema “casa”, com todas as associações de domesticidade e estranhamento, proteção e fantasmagoria que o tema evoca, para desenvolver uma obra específica para o espaço, na maioria dos casos.

Conheça na galeria acima os principais destaques da exposição.

(Fotos: Márcia Gadioli/Casa Contemporânea)