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Postado em 01/04/2014 - 8:21
As cerejas do bolo
Confira alguns destaques da SP-Arte e veja um infográfico com os números que englobam dez anos do evento
Redação

Em dez anos de vida, a SP-Arte foi agente indireta do acréscimo de 68 obras aos acervos das principais instituições brasileiras, como a Pinacoteca, o MAC-USP, o MAM-SP, o MAM-RJ e o MAM-BA. Ano a ano, os curadores dessas instituições escolhem as obras que são doadas por empresas e colecionadores, como Cleusa Garfinkel e a Fundação Edson Queiroz. Hábitos saudáveis como esses e números crescentes como os descritos no infográfico abaixo dotam a SP-Arte de papel determinante na consolidação e internacionalização do mercado de arte brasileiro e na criação de alicerces para um sistema sustentável. Entre as novidades do décimo aniversário está o comissionamento de novas obras: a Rolls-Royce estreia como patrocinadora apoiando a realização da instalação da obra Rolling Tracks, de Regina Silveira. O trabalho é uma extensão de Derrapagem, projeto em adesivo que desenha marcas de pneus pelo espaço. Confira os destaques que galerias brasileiras e estrangeiras apresentam este ano; e veja um infográfico com os números da feira aqui.

Beto Shwafaty – Tripartite Reunited (Luisa Strina)
Entre os highlights de sua participação, Luisa Strina lança na feira a representação de uma dupla de peso: Anna Maria Maiolino, que apresenta trabalhos novíssimos, e Beto Shwafaty, com a escultura Tripartite Reunited (2011-13), que foi apresentada no Panorama da Arte Brasileira P33 e parte de comparações de diagramas e formas matemáticas, baseadas na fita de Moebius. Com esses dois novos integrantes no casting, Luisa Strina confirma o faro e a ousadia que mantém sua galeria na ponta de lança do mercado.

Damien Hirst – The Anatomy of an Angel (White Cube)
O blockbuster Damien Hirst estará em São Paulo no estande da White Cube, com o múltiplo The Anatomy of an Angel, que tem tiragem de apenas três cópias. O suíço-americano Christian Marclay, Leão de Ouro na Bienal de Veneza de 2011, também é presença certa entre os destaques.

Alex Katz – People (Luciana Brito)
A simplicidade da pincelada do norte-americano Alex Katz, que terá sala exclusiva na Tate Modern a partir de maio, ganha sua segunda exibição no Brasil. Três pinturas de grandes dimensões expostas na feira, entre elas Untitled Nudes (2012), fazem par com a mostra na Galeria Luciana Brito.

Rineke Dijkstra – Forte da Casa, Portugal, May 20 (Marian Goodman Gallery)
O reconhecimento da importância do Brasil na cena internacional traz a galeria novaiorquina à SP-Arte pela primeira vez. Na bagagem, três artistas que tiveram exposições recentes por aqui: Christian Boltanski, Tacita Dean e William Kentridge. O time de primeira linha inclui também a fotografa holandesa Rineke Dijkstra.

Adriana Duque – Maria 16 (Zipper)
O legado da colonização espanhola presente na sociedade colombiana contemporânea é o foco da pesquisa de Adriana Duque. A artista colombiana terá individual na Galeria Zipper e obras expostas também no estande.

Daniel Lannes – A Vitória de Hans Staden (Luciana Caravello)
Tendo como exemplo A Vitória de Hans Staden, a pintura de Daniel Lannes explora imagens fortes de questões políticas e sociais, muitas vezes com recorte jornalístico. Ao lado de nomes como Nazareth Pacheco, Bruno Miguel e Ivan Grilo, o artista compõe o cast que a Galeria Luciana Caravello leva para a SP-Arte.

Barrão – Musão – Euterpe (Laura Marsiaj)
A escultura em louça, resina e epóxi de Barrão está entre os destaques do estande, ao lado de Gonçalo Ivo, Finok e Oleg Dou Masha.

Hudinilson Jr – Tarot (Jaqueline Martins)
Realizada em reprodução xerográfica, Tarot atesta o caráter precursor da obra do paulistano Hudinilson Jr., morto em agosto do ano passado. Ela integra o conjunto de trabalhos que a Galeria Jaqueline Martins exibe na feira, simultaneamente à exposição do artista na galeria, até 10/5.

Gui Mohallem – Tcharafna (Emma Thomas)
O fotógrafo mineiro Gui Mohallem lança o livro Tcharafna, resultado da exposição de mesmo nome que apresentou na galeria no ano passado. O fio condutor é a viagem que ele fez para algumas cidades do Líbano, em busca de suas origens, entre elas Beirute e Fakiha, onde nasceu seu pai.

Coletivo Doma – Anti-present (Galeria Logo)
Com a criação de universos absurdos que criticam a atualidade, o coletivo argentino Doma, formado por Mariano Barbieri, Julian Pablo Manzelli, Matias Vigliano e Orilo Blandini em 1998, traz a obra Anti-Present, um Saturno transparente que tem recheio de neuroses contemporâneas em miniatura.

10ª SP-Arte, de 3 a 6 de abril, Pavilhão Ciccillo Matarazzo, Parque do Ibirapuera, Portão 3, SP

*Notas publicadas originalmente na #select17

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