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Postado em 29/09/2011 - 6:44
Cápsulas do tempo

Com exposição na Bienal de Lyon, Lenora de Barros especula sobre o tempo, a luz e a palavra

Select01-lenora De Barros

Obra Para Todo o Sempre, realizada com ponteiros de relógios

Lenora de Barros começou sua investigação sobre o tempo em 2008, num mergulho no mundo das brincadeiras de infância. Convidou sua mãe, Electra de Barros, para acompanhá-la em um diálogo a partir do trava-línguas “Quanto tempo o tempo tem” e encapsulou o texto poético resultante desse jogo em uma cabine de vidro, na exposição Temporália.  Na mesma ocasião, realizou a vídeoperformance Tempinhos, na qual manipula com uma pinça mínimos ponteiros de relógios de pulso, formando frases abstratas. O tempo passou – três anos –, os dois trabalhos se reproduziram e geraram outras reflexões sobre o tema que serão expostas na 11ª Bienal de Lyon, com curadoria da argentina Victoria Noorthoorn.

Além do vídeo, Lenora de Barros exibe na França uma seleção de colunas que produziu para o Jornal da Tarde entre 1993 e 1996, e a instalação sonora Le Rencontre de Echo et Narcissus, realizada especialmente para um silos de uma antiga usina de açúcar. No mito grego, Eco, apaixonada por Narciso, perde a fala e é condenada a repetir o final das frases dos outros. Com essa história de amor, Lenora encontra o mote perfeito para dar continuidade à sua pesquisa com tempo, som e imagem.O trabalho investiga as relações entre o eco e a imagem especular, entre a luz e a palavra, entre a cegueira e o silêncio.

Serviço:

11a Biennale de Lyon, de
15 de setembro a 31 de
dezembro, França