icon-plus
Postado em 06/04/2018 - 2:04
Acordo de confiança? Um olhar para o sistema da arte a partir da crítica institucional
O que legitima uma obra de arte? O que e quem definem o seu valor simbólico e monetário? O curso aborda estas questões sob a ótica da crítica e da curadoria institucional desde uma perspectiva histórica até o contexto atual.
Acordo de confiança foi o título de uma exposição curada por Jacopo Crivelli Visconti e Olivia Ardui na Biblioteca Mario de Andrade em 2017, que tratava das diversas relações que se estabelecem na organização de uma exposição, e dos vários agentes envolvidos nessas relações (artistas, instituições, curadores, colecionadores, etc…).
O que legitima uma obra de arte? O que e quem definem o seu valor simbólico e monetário?
Em torno de que parâmetros o discurso sobre arte é constituído? Que tipos de vínculos e interesses – mais ou menos explícitos – articulam o funcionamento das instituições e do mercado de arte? Como os artistas, curadores e colecionadores gravitam e atuam nesses contextos?
Tomando como ponto de partida algumas obras da exposição, o curso irá abordar a crítica e a curadoria institucional desde uma perspectiva histórica, ampliando para o contexto atual. Cada encontro terá um tema específico, e além dos organizadores do grupo serão convidados a debater outros agentes do sistema, com o intuito de gerar uma discussão que possa reverberar para além do âmbito do curso.
Programa
Aula 1 (15/5)
Apresentação da exposição Acordo de confiança
Introdução a alguns conceitos da crítica institucional
Aula 2 (22/5)
Por trás do cubo branco: descortinando o funcionamento das instituições, os seus limites e desafios
Aula 3 (29/5)
Para além das exposições, o curador enquanto agente
Aula 4 (5/6)
Entre aposta e fetiche: as motivações do colecionador

Olivia Ardui é pesquisadora, graduada e pós-graduada em História da Arte Moderna e Contemporânea pela Universidade Católica de Louvain (Bélgica). Trabalhou como assistente curatorial para a 12a Bienal de Cuenca (Ecuador). Foi membro do Núcleo de Pesquisa e Curadoria do Instituto Tomie Ohtake de 2013 a 2016, tendo desenvolvido também projetos independentes em paralelo. Atualmente integra a equipe de curadoria do MASP, com foco nas questões ligadas à coleção do museu.

Jacopo Crivelli Visconti (Nápoles, Itália, 1973) é crítico e curador independente. Doutor em Arquitetura pela Universidade de São Paulo (USP), é autor de Novas derivas (WMF Martins Fontes, São Paulo, 2014; Ediciones Metales Pesados, Santiago, Chile, 2016). Como curador da Fundação Bienal de São Paulo (2007-2009), foi responsável pela participação oficial brasileira na 52 a Biennale di Venezia (2007). Entre seus trabalhos recentes mais representativos como curador de arte contemporânea, estão: Matriz do tempo real (2018), Museu de Arte Contemporânea, São Paulo, Brasil; Memórias del subdesarrollo (2017), no Museum of Contemporary Art (San Diego, EUA), Museo de Arte de Lima (Peru) e Museo Jumex (México); Héctor Zamora – Dinâmica não linear (2016), no Centro Cultural Banco do Brasil, São Paulo; Sean Scully (2015), na Pinacoteca do Estado de São Paulo (Brasil); 12 a Bienal de Cuenca (2014), em Cuenca (Equador). É colaborador regular de revistas de arte contemporânea, arquitetura e design, além de escrever para catálogos de exposições e monografias de artistas.