_{Estúdio Luzia abre um novo espaço e lança as suas atividades para o ano de 2014}

Legenda: Democracia, fotografia da série Teoria Geral sobre Todas as Coisas (imagem: Estúdio Luzia)

Iniciativas inovadoras que mesclam residência artística, grupo de estudo e estúdio de pesquisa e troca de experiências entre artistas estão se proliferando na cidade de São Paulo. Um deles é o Estúdio Luzia, um laboratório independente de artes visuais voltado a criação e produção de projetos coletivos e individuais. Os integrantes desenvolveram o conceito de “criadouro”, núcleo de criação que tem como metodologia a realização de ciclos de encontros com duração média de três meses para a correção de rota e elaboração coletiva de projetos. O estúdio também se envolve em projetos “comerciais”, como campanhas do Greenpeace e prospectos de documentação.

No índice de projetos, há vários exemplos dignos de nota, como Teoria geral sobre todas as coisas, de Pedro Matallo, um manifesto fotográfico sobre violência realizado inteiramente com brinquedos comprados na Rua 25 de Março, em São Paulo. Há também um projeto coletivo do estúdio, apresentado na 4ª Mostra de Fotografia de São Paulo: o ensaio sem número, que registra moradias transitórias de moradores de rua. Não é um ensaio de denúncia, nem procura oferecer soluções imediatistas, como os projetos de moradia para nômades urbanos do artista polonês Krzysztof Wodiczko; é apenas uma catalogação das ausência de políticas públicas, ou uma maneira de gerar referências aos integrantes do MTST.

No dia 22 de Março o estúdio abre o seu novo espaço, chamado de “Sala”, que também funciona como espaço expositivo independente. Na ocasião da festa de inauguração, comandada pelos coletivos sonoros Barulho.org e Saloon das Minas, haverá um leilão de arrecadação com obras de vários artistas à preços honestos. O fundo vai possibilitar a viagem do grupo ao AfrikaBurn, espécie de festival Burning Man que acontece na África do Sul.