icon-plus
Sobre Recomeços (2019) de Edu de Barros no stand da Sé Galeria (Fotos: Paula Alzugaray)
Postado em 20/09/2019 - 9:31
Crime, violência e redenção na ArtRio 2019
Em meio à paisagem sublime do Rio, artistas apontam problemas urgentes da realidade social brasileira
Paula Alzugaray

Quando o Rio de Janeiro vive sob a tensão do domínio de milícias e da corrupção, a ArtRio realiza sua nona edição até domingo 22, na Marina da Glória. Cerca de 80 galerias participam, divididas em quatro setores: Panorama é dedicado a galerias estabelecidas; Vista conta com galerias com até dez anos de existência; Solo, curadoria de projetos individuais, por Sandra Hegedüs; e Brasil Contemporâneo, dedicado a projetos de artistas fora do eixo Rio-SP. Focada em arte brasileira, a feira tem quatro programas curados que buscam apontar questões prementes na produção contemporânea. 

Solo project de Maxwell Alexandre no stand da galeria A Gentil Carioca

Tiago Santana e Rafael BQueer foram os finalistas do já célebre Prêmio FOCO ArtRio, que distribui bolsas de residência, este ano para as instituições Capacete (Rio de Janeiro) e Residência São Jerônimo (Belém do Pará), além de integrar obras dos artistas vencedores para o acervo do Museu de Arte do Rio. Os concorrentes devem ter no máximo quinze anos de carreira e a seleção é feita por um comitê curatorial dirigido por Bernardo Mosqueira. 

Obra de Tiago Sant’Ana, artista finalista do Prêmio Foco ArtRio

Em meio à paisagem sublime da Marina da Glória, artistas voltam seus esforços para problemas sociais urgentes como a violência e a silenciosa expansão das milícias que dominam o Rio. A seLecT organizou uma curadoria de obras que apontam e discutem problemas sociais como racismo, desigualdade econômica, crime e violência. Mas que também propõem alternativas potentes contra esse estado das coisas, como a aposta na micropolítica ou o olhar para formas de vida que estão fora do mainstream.