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Postado em 02/07/2015 - 3:14
Educar pelas Letras
Luciana Pareja Norbiato

Conheça o projeto educativo que amplia a atuação da Feira Literária Internacional de Paraty para muito além de seus cinco dias

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Legenda: Oficina da Flipinha

Quem vai à Flip costuma pensar que o evento circunscreve-se a cinco dias por ano. Mas a feira literária tem um programa de cultura e educação durante o ano inteiro, desenvolvido pela Associação Casa Azul. Batizados de Flipinha, para crianças, e FlipZona, para jovens, esses desdobramentos para o público local, principalmente os cerca de 13 mil alunos das escolas de Paraty, oferecem iniciativas cuja missão primordial é estimular o hábito de leitura nas novas gerações e, com isso, desenvolver outra visão de mundo.

Paraty é uma das cidades mais carentes e violentas do estado do Rio de Janeiro, com Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) abaixo da média nacional. “As ações permanentes da Casa Azul têm possibilitado às crianças e jovens da região vislumbrar um novo horizonte por meio da educação, da arte e da literatura, ao terem a oportunidade de descobrir e conviver com um universo lúdico, construindo a partir daí novos caminhos que não tenham a ver com o tráfico e a violência”, diz Belita Cermelli, diretora do Programa Cultura e Educação.

Além de disponibilizar 12 mil livros para os moradores de Ilha das Cobras, um dos bairros da periferia, a Biblioteca Casa Azul funciona como centro de atividades. A programação inclui apoio à alfabetização escolar, especialização e instrumental para professores, encontros com escritores, que chegam a ir de barco a escolas mais distantes, formação de mediadores de leitura, capacitação de professores, oficinas de artes e, para os adolescentes, de escrita jornalística, que se desdobra na cobertura da Flip pelo flipzona.wordpress.com. Como prova a feira, literatura e educação andam de mãos dadas. 

Flip – 13ª Festa Literária Internacional de Paraty, 1º a 5/7