“Arte é também decoração, sim”, confessa Dado Castello Branco
Dado Castello Branco (arquiteto e decorador), foto Bob Wolfenson
Entrevista parte da série especial Mercado de arte
Você é um arquiteto de imóveis residenciais e corporativos de alto padrão. Qual o papel do arquiteto no mercado de arte? Indica obras para seus clientes comprarem?
Acho que o papel do arquiteto é procurar indicar artistas que façam parte do portfólio de galerias que tenham critério e curadoria já conhecida no mercado de arte. Isto não significa indicar só trabalhos de artistas consagrados e portanto com valores elevados, mas também jovens artistas com carreiras promissoras, avalizadas por críticos e marchands com credibilidade no mercado.
Arte é decoração de interiores?
Arte é também decoração, sim, mas em primeiro lugar é cultura, é história, é o que traz personalidade a um ambiente.
Que critérios usa para suas indicações? Cor? Suporte? Dimensão? Linguagem?
Meus critérios são um conjunto de coisas, basicamente dimensão, cor, qualidade e uma coisa que vamos adquirindo com o tempo, que é conseguir misturar obras de diferentes artistas em um mesmo ambiente, de forma que façam sentido, de forma equilibrada.
Com relação a obras de arte, você é remunerado pelo comprador ou pelo vendedor da obra? Ou por ambos?
Meus honorários contemplam o acompanhamento na compra de toda a decoração, inclusive das obras de arte.
Próxima entrevista: Lisette Lagnado