Com quase meio século de vida, o 49º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro destaca-se pela presença feminina na seção de curtas e médias metragens. Não só porque a metade dos 12 filmes de menor duração selecionados são dirigidos ou codirigidos por mulheres, mas também pelas histórias de superação protagonizadas por elas.
Entre 20 e 28/9, será possível conhecer, por exemplo, a história de Vivi: uma cobradora de ônibus em período de experiência que tenta escapar de uma relação opressora. O média-metragem tem direção de Ana Carolina Soares. O documentário Procura-se Irenice, de Marco Escrivão e Thiago B. Mendonça, por sua vez, dá luz à história de uma atleta silenciada pela ditadura.
Os títulos foram selecionados entre 479 filmes enviados e concorrem a prêmios que vão desde os R$ 30 mil, para o ganhador de Melhor Filme de curta ou média metragem, até os R$5 mil, para os de melhor ator, atriz, roteiro, fotografia, direção de arte, trilha sonora, som e montagem.
Além disso, o público escolherá um filme vencedor por meio de votação em cédula própria. Nesta modalidade, chamada de Prêmio do Júri Popular, a premiação é de R$ 10 mil. O mesmo vale para o prêmio de melhor direção.
A distribuição geográfica dos curtas e médias coloca a metrópole paulistana em primeiro lugar, com um terço dos títulos selecionados. Já a produção mineira ocupa o segundo lugar com três curtas em competição.O 49º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro conta com produtores, programadores, críticos e, claro, cineastas, entre os membros do júri. Nomes como Ana Arruda Neiva ou Daniel Queiroz fazem parte da comissão selecionadora.
A seção de filmes de menor duração compartilha espaço na Mostra Competitiva com nove longa-metragens. Estes, por sua vez, são em sua maioria dirigidos por homens, como Vincent Carelli ou Guilherme Weber.
Serviço
49º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro
De 20 até 28/9
www.festbrasilia.com.br