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Postado em 05/08/2015 - 5:07
Grandes dimensões

Com números ambiciosos, 10a Bienal do Mercosul terá cerca de 700 obras de 402 artistas. Adriana Varejão, Aleijadinho e Pedro Américo estão entre os nomes selecionados

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Legenda: Medusa (2011), de Luiz Zerbini. (Foto: Eduardo Ortega)

Batizada de Mensagens de Uma Nova América, a 10ª Bienal do Mercosul divulgou sua lista de artistas selecionados na última semana. Previsto para acontecer entre 8 de outubro e 22 de novembro, em Porto Alegre, o evento exibirá cerca de 700 obras, realizadas por 402 artistas de 21 países. Ao todo, oito espaços expositivos da capital gaúcha receberão os trabalhos: Casa de Cultura Mario Quintana, Centro Cultural CEEE Erico Verissimo, Instituto Ling, Memorial do Rio Grande do Sul, Museu de Arte do Rio Grande do Sul Ado Malagoli – MARGS, Museu Júlio de Castilhos, Santander Cultural e Usina do Gasômetro.

Nomes significativos da arte brasileira, como Helio Oiticica, Lygia Clark, Cildo Meireles, Adriana Varejão, Alfredo Volpi, Anna Maria Maiolino, Amílcar de Castro e Ferreira Gullar integram a seleção da bienal. Com um escopo de atuação amplo, o evento ganha um caráter museológico ao investir em obras que datam do século 18 e exibir artistas como Aleijadinho (1730 – 1814) e Pedro Américo (1843 – 1905). Com a proposta de retomar uma de suas “vocações históricas”, a bienal, que exibe uma produção artística exclusivamente latino-americana, traz ainda artistas-chave do continente, como o muralista mexicano Diego Rivera, os venezuelanos Carlos Cruz-Diez e Jesús Rafael Soto e o colombiano Álvaro Barrios.

Com curadoria-geral do brasileiro Gaudêncio Fidelis, o evento ganhou ares ambiciosos como sua formatação atual – o número de artistas e trabalhos é bem maior se comparado, por exemplo, à 31ª Bienal de São Paulo (2014), que contou com cerca de 100 artistas participantes e 250 obras.

Em relação às novas proporções, Fidelis comentou através de nota oficial: “É necessária uma nova estratégia capaz de dar conta das mudanças ocorridas nos últimos anos no contexto das mostras de arte de larga escala e é importante evitar mergulhar em uma tendência internacional de exposições que se tornaram por demais excêntricas e que mais serviriam para serem realizadas como plataformas experimentais em centros de arte contemporânea destinadas a um público reduzido e para especialistas”. Se o modelo mais robusto irá funcionar não se sabe. Seu desenrolar poderar ser visto a partir de outubro.

A lista completa de artistas que integram a Bienal do Mercosul está disponível aqui.