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Azulejo de estamparia manual em baixo esmalte (Foto: Divulgação)
Postado em 17/09/2016 - 10:00
Museu de Arte Sacra expõe coleções de fragmentos sacros históricos
Do barroco à contemporaneidade, pedaços de demolição e objetos de duas coleções revelam a arte e a arquitetura de igrejas destruídas ao longo de anos

A exposição Fragmentos: coleções de Rafael Schunk e Museu de Arte Sacra reúne na sede do MAS/SP fragmentos oriundos de demolições de catedrais, igrejas e capelas brasileiras. São objetos valiosos, pedaços de desmanche das construções, pinturas, obras de arte e santos feitos por mestres santeiros reconhecidos. A curadoria é de Percival Tirapeli. No início do século modernista, os registros demonstram que a demolição das igrejas coloniais no centro antigo de São Paulo era quase uma rotina, assim como no interior e em estados como Bahia e Rio de Janeiro. Foram demolidas a Sé, igrejas do Pátio do Colégio, São Pedro dos Clérigos, Misericórdia, além dos conventos Carmelita, Beneditino de Santa Teresa e dos Remédios.

Constituída a partir do final dos anos 1990, a Coleção de Arte Sacra de Rafael Schunk enfatiza produções artísticas do período bandeirista a partir do século XVII, desde o surgimento da arte barroca brasileira até suas ramificações na cultura caipira, com permanência de arcaísmos até a modernidade. São, na maioria, fragmentos oriundos de catedrais do interior de São Paulo, como da antiga catedral de Taubaté, de Pindamonhangaba, da Basílica Velha de Aparecida, de Queluz e de Bananal. Um dos destaques é o conjunto de 60 azulejos da Osirarte, oficina que desenvolveu trabalhos para inúmeros edifícios públicos, a exemplo do MEC-Rio e representou a tradição da azulejaria brasileira desenvolvida no período moderno.

Serviço
Fragmentos: Coleções de Rafael Schunk e Museu de Arte Sacra
Museu de Arte Sacra São Paulo
Avenida Tiradentes, 676, Luz, São Paulo
De 18/9 até 20/11
De terça-feira a domingo, das 9h às 17h
Tel.: (11) 3326 3336