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Postado em 09/12/2013 - 5:56
Não curtimos
Os personagens e as manias dos Feicechatos
Giselle Beiguelman

Pessoas que dão boa noite no Facebook, gente que manda beijos no coração, compulsivos que atualizam seu status de minuto em minuto, contando que estão tomando chá com a tia e que seu bebê falou Bu, ou algo de relevância tão fundamental quanto, são algumas das coisas mais odiáveis e típicas da vida social 2.0.

E o povo do “Obrigado por me add”? Pode anotar, em geral, são aqueles que vão te marcar em imagens celestiais e te matarão de constrangimento publicamente, associando seu nome a Jesus, Moisés, Maomé, Buda ou outra divindade alternativa qualquer.

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Cartaz de promoção do 31º Festival Internacional de Cinema do Porto, patrocinado pelo Jornal de Notícias (Divulgação)

 

Pior que isso só aquele namorado/namorada de 200 anos atrás que surge do Além para comentar com toda intimidade forçada seu status, sempre naquele clima de vergonha alheia pouca é bobagem. Ah, sim, tem também o coleguinha da escola com quem você não tem contato desde o pré-primário e que reaparece na sua timeline para compartilhar sua admiração pelo Bolsonaro, suas saudades dos anos de chumbo e postar aquela foto ridícula em que você aparece fantasiado de Topo Giggio, imitando Roberto Carlos na Jovem Guarda.

Texto publicado originalmente na edição impressa #15. É parte do concurso Feicechatos, que vai dar ao ganhador um ano de assinatura grátis da revista seLecT.

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