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Postado em 26/02/2012 - 6:12
Natureza on-line
Juliana Monachesi

Quando forma e conteúdo ecológicos se potencializam mutuamente

Vip-art-fair06

Legenda: Walking in Tall Grass, Shelby 2 (2011), pintra de Jan Nelson apresentada na galeria australiana Anna Schwartz (foto: Cortesia VIP Art Fair)

A VIP Art Fair 2.0 não cessa de dar frutos. A feira de arte on-line terminou faz quase um mês, mas o formato permite uma continuidade de diálogos e ações por parte das galerias participantes, o famoso follow-up, e dos visitantes da feira. A coleção particular que os visitantes podiam montar, selecionando obras nos estandes das galerias, continua disponível para consulta. E todos os “likes” distribuídos na VIP 2.0 estão se convertendo em e-mails sedutores por parte das galerias oferecendo acesso a salas vip dentro da VIP Art Fair – o equivalente aos pequenos depósitos para acervo nas feiras comuns – e preços especiais para quem demonstrou interesse pelas obras de fulano ou beltrano.

Que a digitalização da feira de arte transformaria o perfil dos negócios no mercado de arte, já era evidente. E que o evento foi um sucesso se constatou logo em seguida também. Mas quem diria que obras que tematizam ou problematizam a natureza sobressairíam tanto na VIP e, mais importante, se mostrariam tão bem aclimatadas no ambiente digital? O casamento perfeito consiste em uma feira que não deixa pegada de carbono pelo caminho – porque transporte e construção de pilhas e pilhas de painéis de madeira para acomodar as obras são dispensadas no formato on-line – exibindo pesquisas contemporâneas sofisticadas acerca dos gêneros da paisagem, da natureza-morta e de uma land art reinventada para os tempos atuais.