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Estileras (Foto: Divulgação)
Postado em 11/12/2020 - 5:29
Novas estéticas de convivência de longa duração
Projeto Curação promove quatro dias de performances online de 11 artistes e coletivos
Da redação

A nova configuração social, que se arranja a partir da vivência global de uma pandemia, dá forma a experiências temporais e espaciais inéditas. Com curadoria de Paula Garcia, Caroline Ricca Lee e Monique Lemos, e realização do Centro Cultural São Paulo, o projeto Curação foi concebido para acontecer em duas semanas de convivência entre 11 artistes e coletivos LGBTQ+ e se transformou em um processo de residência e experiência online, compartilhado publicamente até domingo 13, em streamings nas plataformas da HOA (https://www.hoatour.art/curacao) e da radio CCSP (https://www.youtube.com/radioCCSP). 

Não é na convergência ao digital que o projeto inova, mas sim ao transformar vivência coletiva e remota em linguagem. O evento acontece no palco da Sala Adoniran Barbosa do CCSP, mas o streaming integra e sobrepõe diversos espaços e temporalidades. Documentação, transmissão, iluminação e produção do evento são assinadas pelos próprios artistes do projeto, que atuam nos campos da moda, design, música eletrônica, cenografia, audiovisual, performance arte etc. Entre elas, Alice Yura, Emocorebaby, Enco, Sabine passarelli, Aun Helden, Estileras, Inserto, Kelton Campos, Ariel Nobre e Brasilandia.co, que elabora a luz, como um elemento performativo. 

“O jogar junto orientou toda a pesquisa e realização. Aliança, solidariedade, encontro e respeito são os elos”, diz Paula Garcia. No processo de residência online, o grupo chegou à palavra “Curação” (Cura + Ação), que funciona como uma palavra de ordem, resistência e enfrentamento ao racismo e os processos de exclusão do sistema de arte. Os três dias de performance tem tônicas diversas. “Sexta é o rock, sábado é a rave e domingo é a missa”, brinca Paula Garcia.