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Pintura de Tomie Ohtake (Foto: Divulgação)
Postado em 10/11/2016 - 5:49
Patrimônio milionário
Obras de arte, mobiliário e peças de antiguidade do ex-presidente do Banco Santos, Edemar Cid Ferreira, vão a leilão em São Paulo
Felipe Stoffa

Condenado em 2006 por crimes contra o sistema, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha, o banqueiro e ex-presidente do Banco Santos, Edemar Cid Ferreira, deixou em sua monumental residência, em São Paulo, um acervo de dar inveja a qualquer museu. Desde 2011, sua antiga casa permanece fechada e parte de suas obras foram distribuídas para instituições públicas como o Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo.

Agora, a coleção de arte da massa falida do antigo banco será leiloada em duas etapas pela casa de leilão Aloisio Cravo. A primeira ocorre em 22/11, no Hotel Unique, em São Paulo. São cerca de 214 lotes com lances iniciais a partir de 2 mil reais, chegando até milhões. O conjunto de peças reúne obras de antiguidade, arqueologia, arte moderna e contemporânea. Vale destaque para a instalação Tríade Trindade de Tunga, avaliada em 400 mil reais, enquanto que Flor de Chão, escultura em madeira de Frans Krajcberg, um dos artistas da 32ª Bienal de São Paulo, já recebeu lances de 320 mil reais.

Entre os volumosos lotes, figuram também obras de Tomie Ohtake, Victor Brecheret, Aldo Bonadei, Amilcar de Castro, Daniel Senise, Iberê Camargo, Jorge Guinle, Nelson Leiner, Oscar Niemeyer e Rubens Gerchman. Até 21/11, o público pode saciar a curiosidade e conferir algumas peças em exposição no Clé Reserva Contemporânea, em Barueri.

No segundo momento do leilão, 505 lotes entram em pregão online, marcado para 29/11. São apresentados conjuntos de mapas, fotografias, livros e manuscritos raros.