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Postado em 06/01/2015 - 6:06
Premiére póstuma
Luciana Pareja Norbiato

Exposição com obras icônicas do fotógrafo Thomaz Farkas termina no próximo dia 9 de janeiro

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Legenda: Salvador, década de 1970 (foto: Thomaz Farkas/cortesia Luciana Brito Galeria)

Pioneiro da fotografia experimental no Brasil ao lado de Geraldo de Barros e German Lorca, o húngaro naturalizado brasileiro Thomaz Farkas (1924-2011) nunca realizou em vida uma individual em galeria comercial. Agora ganha ampla exibição que inclui conjuntos icônicos (como as imagens de Brasília e a série Recortes, de acentuado caráter experimental ressaltado pelo jogo de luz e sombra) e material inédito dos últimos anos de vida, como a série de imagens de bailarinas. A mostra é resultado do aprofundamento de um trabalho iniciado pelo Instituto Moreira Salles na catalogação e exibição de sua obra. Os curadores Sergio Burgi e João Farkas, filho do artista, reuniram um amplo conjunto de quase cem fotografias, além de assinarem textos críticos do livro homônimo, lançado simultaneamente à exposição. Entre as fotos, destaca-se a série colorida clicada nos anos 1970 no Nordeste, primeira investida a cores do fotógrafo. Na época, Farkas passou a se interessar pelos grotões inexplorados do País e pela Sétima Arte, produzindo, fotografando e mesmo dirigindo diversos documentários, além de incentivar nomes como Eduardo Escorel, Maurice Capovilla e Paulo Gil Soares. Durante a empreitada, batizada com o nome significativo de Caravana Farkas, foi registrando os cenários onde os filmes se passavam. Uma das locações privilegiadas foi a cidade de Salvador, seus personagens e paisagens.

Thomaz Farkas – Memórias e Descobertas, até 9/1/15, Luciana Brito Galeria, Rua Gomes de Carvalho, 842, São Paulo

*Agenda publicada originalmente na edição #21