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Postado em 14/10/2015 - 9:02
Realinhamento

Após anunciar evento com grandes proporções, 10a Bienal do Mercosul volta atrás e diminui número de obras e artistas

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Legenda: Barrão, Matilha (2012) (Foto: Eduardo Ortega)

A 10ª edição da Bienal do Mercosul inaugura no próximo dia 23 de outubro com cortes nas exposições que irão ocupar a capital gaúcha. Sem dimensionar precisamente números e modificações, um comunicado de imprensa foi divulgado nesta quarta-feira (14) anunciando que haverá redimensionamento do evento. O texto ainda afirma que apesar da alta do dólar e de “altos custos de transporte logístico e de impostos decorrentes de importação de obras de arte, a Bienal será uma exposição de excelência e grande significado cultural e artístico”.

Através da nota, José Antonio Fernandes Martins, presidente da Fundação Bienal de Artes Visuais do Mercosul, comentou o ocorrido. “Por uma série de fatores tivemos que abrir mão de determinadas obras inicialmente planejadas para a 10ª Bienal. Optamos por realizar ajustes no projeto e viabilizar sua execução porque temos convicção de que garantir a 10ª edição da Bienal em um contexto de recessão econômica, quando tantos eventos estão sendo cancelados no Estado e no país, demonstra todo o nosso respeito à comunidade, artistas, emprestadores e parceiros. Trata-se de um ato de superação”.

O comunicado também menciona o desligamento de três curadores da equipe — o argentino Fernando Davis, o brasileiro Raphael Fonseca e o chileno Ramón Castillo Inostroza — e lamenta o episódio “que transformou esta fase final em um desafio extra para a conclusão do projeto e a realização da exposição em um período tão próximo a sua abertura”.

Com sete mostras e cerca de 650 obras, a Bienal do Mercosul contará com a participação de artistas de 20 países: Brasil, Chile, Paraguai, Cuba, México, Uruguai, Argentina, Colômbia, Venezuela, Bolívia, Equador, Guatemala, Peru, Costa Rica, Panamá, Nicarágua, El Salvador, Porto Rico, Jamaica e Honduras.