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Postado em 12/11/2021 - 10:23
Samba e resistência
No novo episódio de celeste, Anita Ekman, Rubem Confete e Zé Luiz do Império Serrano relembram o nascimento do samba urbano na Pequena África
Da redação

“O samba urbano nasce trazido pelas mulheres, como a tia Ciata e as tias baianas que plantam ali seu conhecimento e vão realizar os batuques que a gente entende por samba hoje”, explica Ekman, que está finalizando o filme Quilombo – Grêmio Recreativo de Arte Negra e Escola de Samba.

Celeste também traz os depoimentos de Zé Luiz do Império Serrano, escola que nasceu a partir do Sindicato dos Estivadores, e o jornalista e compositor Rubem Confete, que foi um dos fundadores do Centro Cultural Pequena África. Os dois sambistas relembram o período em que o samba e o povo negro eram marginalizados e os botequins exibiam placas com dizeres como “aqui é proibido cantar e batucar”, o que não impediu, no entanto, a continuidade das festas. “O samba era proibido, mas o pessoal sempre dava um jeito”, diz Rubem Confete à celeste. “A comunidade negra trouxe na sua ancestralidade algo chamado alegria, festa, vibração, mas não era aquela festa europeia, pomposa. Era uma festa de dança que começava e você não sabia quando ia acabar.”

A segunda temporada de celeste é uma parceria com o Instituto Inclusartiz. Nina Rahe assina produção, pesquisa, entrevistas e roteiro. Meno Del Picchia é responsável pelo roteiro, produção musical, finalização de áudio e locução. A identidade visual foi criada por Ricardo Van Steen, com design de Nina Lins, e a direção editorial é de Paula Alzugaray.

Confira a seguir, em primeira mão, alguns frames do filme Quilombo – Grêmio Recreativo de Arte Negra e Escola de Samba, de Anita Ekman.