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Agreste Telúrico, de Carlos Mélo (Foto: Divulgação)
Postado em 17/10/2019 - 10:37
seLecTs – agenda da semana (17/10/2019)
Bienal do Barro, Josafá Neves, Ana Mazzei, Mario Cravo Júnior, Rose Klabin, Cristiano Lenhardt, Erika Verzutti, Daniel Sinsel, Marcos Amaro
Da redação

CARUARU
2ª Bienal do Barro
Exposição coletiva, de 17/10 a 15/11, Fábrica Caroá, Praça Coronel José de Vasconcelos, 100 | facebook.com/bienaldobarro
“Nem tudo o que se molda é barro” é o tema da segunda Bienal do Barro, idealizada pelo artista Carlos Mélo e com curadoria de Márcio Harum. O objetivo do projeto é estabelecer conexões entre a produção popular e a arte contemporânea, gerando novas plataformas de debate artístico, para além dos circuitos Rio-São Paulo. Entre os artistas selecionados estão Aline Motta, Cristiano Lenhardt, Denilson Baniwa, Matheus Rocha Pitta, Renata Felinto, entre outros que já trabalharam com o barro como matéria prima de suas produções. 

Itamar Assumpção (2016) de Josefá Neves (Foto: Divulgação)

RIO DE JANEIRO
Diáspora
Individual de Josafá Neves, de 22/10 a 22/12, Caixa Cultural, Av. Alm. Barroso, 25 | caixacultural.com.br
O artista brasiliense Josafá Neves produz pinturas, gravuras e esculturas nas quais as discussões raciais e a experiência afro brasileira são confrontadas com as convenções da tradição pictórica e da própria história da arte contemporânea. Com curadoria de Bené Fonteles, a exposição na Caixa Cultural levanta questões como religiosidade, a história da escravidão e educação. Essa é a segunda itinerância da mostra que já passou por Brasília e São Paulo.

Obra da série Imbróglios (2018-2019) de Virgílio Neto (Foto: Divulgação)

SÃO PAULO
Dentro Do Corpo, individual de Maria Luiza Mazzetto
Tudo Que Não Invento É Falso, individual de Virgílio Neto, de 5/11 a 12/1/2020, Paço das Artes, Avenida Europa, 158 | pacodasartes.org.br 
Maria Luiza Mazzetto e Virgílio Neto trabalham cada um a seu modo com o desenho. Mazzeto constroi um vocabulário de formas orgânicas ou disformes como ficcionalização de elementos naturais, enquanto Neto faz essa construção como um amálgama de diversas memórias do cotidiano. Essas são as últimas exposições do Paço das Artes em seu espaço provisório no MIS, antes de seguir para sua sede própria em um casarão em Higienópolis no início de 2020. 

Sem Título (2016) de José Carlos Machado (Foto: Filipe Berndt / Cortesia Galeria Marcelo Guarnieri)

SÃO PAULO
Amélia Toledo e José Carlos Machado
Individuais, de 17/10 a 14/11, Galeria Marcelo Guarnieri, Alameda Lorena, 1835 | galeriamarceloguarnieri.com.br
Em sua terceira individual na Galeria Marcelo Guarnieri, José Carlos Machado, conhecido como Zé Bico, apresenta esculturas de madeira, vidro e espelho, que geram efeitos óticos e são sustentadas por forças de tração ou magnetismo. Uma escultura de parede, na qual dois ovos se equilibram de forma inusitada, destoa do conjunto de formas geométricas, dinamizando as relações entre as obras. Já na individual da artista Amélia Toledo (1926-2017) são apresentados um conjunto de pinturas de campos de cor bicromáticos e uma instalação com cristais e aço inox. 

Detalhe da obra de Ana Mazzei no Projeto Parede do MAM (Foto: Divulgação)

SÃO PAULO
Drama O’-Rama
Individual de Ana Mazzei, até 2/2/2020, Sesc Pompeia, Rua Clélia, 93 | sesc.com.br
Ana Mazzei produz esculturas nas quais objetos que buscam disciplinar o corpo, como barras de balé e instrumentos óticos, são transformados, propondo outras relações com o espaço e o sujeito. Sua exposição no Sesc Pompeia é parte do projeto Ofício: Farpa, no qual artistas que trabalham com marcenaria são convidados a elaborar uma intervenção nos ateliês da instituição. Durante a mostra, performers ativarão os objetos, convidando o público a novas formas de interação. 

Sem Título (1987) de Mario Cravo Júnior (Foto: Divulgação)

SÃO PAULO
Cabeça De Tempo
Individual de Mario Cravo Júnior, de 19/10 a 21/12, Galeria Leme/AD, Av. Valdemar Ferreira, 130 | galerialemead.com
A exposição reúne um conjunto de esculturas de cabeças, nas quais o artista Mario Cravo Júnior (1923-2018) lida com os destroços de um incêndio no Mercado Modelo na década de 1980. Como uma parceria em a galeria Leme/AD e a Paulo Darzé, a mostra tem curadoria de Thais Darzé e condensa tanto referências à tradição construtiva da arte moderna quanto ao universo de religiões afro brasileiras no qual o artista estava inserido. 

Corpo de Baile (2019) de Manuela Costa Lima (Foto: Divulgação)

SÃO PAULO
Cuca, exposição coletiva
Ditongo, individual de Fabiana Preti, de 19/10 a 26/10, massapê, Rua Fortunato 68 | instagram.com/massape_projetos
O ateliê coletivo massapê possui uma galeria de formato tradicional, com paredes brancas e chão de concreto, e uma sala na entrada do espaço, na qual as paredes pintadas de esmalte verde e o chão de ladrilho quadriculado guardam a memória de uma borracharia ou uma oficina. Manuela Costa Lima e Marcelo Venzon ocupam esse espaço com uma instalação que replica elementos da arquitetura e Fabiana Preti apresenta instalações e gravuras na galeria. 

Carne Sintética (2019), de Erika Verzutti (Foto: Eduardo Ortega, Fortes D’Aloia & Gabriel)

SÃO PAULO
Carne Sintética
Individual de Erika Verzutti, 19/10 a 20/12, Fortes D’Aloia e Gabriel, Rua Fradique Coutinho, 1500 | fdag.com.br
A artista Erika Verzutti apresenta uma série de esculturas de parede em bronze, argila e papel machê, nas quais referências a artistas da história da arte moderna, como Picasso ou Guston, são livremente associadas a comida ou imagens de alta circulação no Instagram, como os vídeos de slime produzidos por crianças e adolescentes em todo o mundo. 

Folha de São Paulo 25/04/2017 (2017) de Cristiano Lenhardt (Foto: Eduardo Ortega, Cortesia: Fortes D’Aloia e Gabriel)

SÃO PAULO
Írì, individual de Cristiano Lenhardt
Daniel Sinsel, individual, de 19/10 a 20/12, Galpão Fortes D’Aloia e Gabriel, Rua James Holland, 71 | fdag.com.br
Em sua próxima exposição individual na galeria, Cristiano Lenhardt dá prosseguimento à sua produção de obras nas quais o jornal é protagonista de pinturas, esculturas, instalações e performances. O título Írì é um jogo com a palavra iridescência, um dos principais aspectos dos materiais de sua produção. Simultaneamente, o artista alemão Daniel Sinsel apresenta individual com pinturas que misturam uma prática de virtuose técnica, buscando efeitos de ilusão e alto nível de detalhamento, com outras nas quais a pintura é tratada em seus aspectos objetuais, como escala, materialidade e volume. 

3064 Peles (2019) de Rose Klabin (Foto: Divulgação)

RECIFE
Memórias da Resistência
Individual de Rose Klabin, até 19/01/2020, Mamam, R. da Aurora, 265 | facebook.com/mamamrecife
Por meio de esculturas de mármore, objetos apropriados e fotografias, Rose Klabin coloca em questão sua ascendência lituana e o estatuto do corpo, em especial o feminino. Com curadoria de Douglas de Freitas, a mostra marca uma reflexão da artista sobre a história de sua família, tradicionalmente uma produtora de papel, universo do qual a artista apropria engrenagens e celulose ainda crua para a produção de instalações e vídeos. 

Traslados (2019) de Marcos Amaro (Foto: Divulgação)

BELO HORIZONTE
Transpictórico
Individual de Marcos Amaro, de 18/10 a 1/12, Funanrte MG, Rua Januária, 68 | funarte.gov.br
Com curadoria de Ricardo Resende, a individual de Marcos Amaro expande uma ideia geral de pintura para desenhos, gravuras e instalações que tematizam aviões, seja no nível da representação ou na apropriação e reorganização de elementos como os bancos ou as carcaças das aeronaves. As referências são principalmente aviões utilizados em guerra, tratados ora de modo mais expressivo e sombrio, ora de modo pop, como nas acumulações de objetos ou com ligações ao universo dos quadrinhos, em alguns desenhos nos quais os contornos marcados e as formas esquemáticas sugerem algum tipo de humor.