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Postado em 17/01/2013 - 8:10
Suicidado pela sociedade
Mariel Zasso

Confira 7 (+3) links para entender por que a morte de Aaron Swartz é um marco pela liberdade na rede

Aaron

Legenda: Aaron fala em manifesto contra Pipa e Sopa. (Foto: Daniel J. Sieradski/Wikicommons)

Um suicídio aos 26 anos de um jovem genial, criador do RSS, Reddit e integrante do grupo que concebeu o Creative Commons, junto com Lawrence Lessig.

Ninguém tem dúvidas de que Aaron Swartz suicidou-se por conta das pressões que sofria em consequência de compartilhamento de conhecimento: baixou arquivos acadêmicos da biblioteca do MIT. Não roubou nada de ninguém, nem impediu que outras continuassem tendo acesso àquelas informações. Mas era acusado de “roubo”.

Entenda porque sua morte já se transformou em um marco da luta pela liberdade de conhecimento, e no ativismo em rede.

1) Viveu por uma rede livre, aberta, de todos

Uma boa introdução para quem por acaso não esteja entendendo o porque de tanto barulho. No artigo, Silvio Meira conta quem era esse jovem que anotou em testamento que os produtos de sua criação deveriam ser amplamente divulgado – e o software que escrevera antes dos 15 anos fosse entregue à Free Software Foundation

2) #PDFTribute

Acadêmicos do mundo todo contra-atacam, liberando seus papers e criando uma grande base de PDFs abertos num tributo que faz referência ao objeto da acusação que Aaron sofreu. Os arquivos estão reunidos sob a hashtag #pdftribute, e quem quiser acrescentar um artigo à lista só precisa tuitar o link acompanhado dela.

3) Um pouquinho de desobediência civil

Para mostrar que todos somos um pouco Aaron, o JSTor Liberator
permite que qualquer usuário “liberte” um paper do repositório de artigos acadêmicos JSTor – o mesmo que processou Aaron por “roubo” de arquivos e depois, ao contrário do MIT, achou mais conveniente retirar a queixa.

Após concordar com os termos de compartilhamento, o documento que você está lendo será baixado em seu computador e enviado para outro servidor. Os usuários são convidados também a deixar uma mensagem no memorial sobre Aaron.

4) O que o Brasil tem a ver com isso?

A pesquisadora de governança da internet e ciberativista Magaly Pazello explica porque, infelizmente, nós não estamos distantes de absurdos como o caso de Aaron.

5) Manifesto Guerrilla Open Acess

O manifesto Guerrilla Open Access, escrito por Aaron em 2008, ganhou outra vez visibilidade, e tem uma tradução para o português no Baixa Cultura.

6) Remember Aaron 

Um memorial online feito pela família e amigos, “para honrar a sua memória e suas contribuições para a comunidade técnica”, usando software livre e de código aberto, e com conteúdo licenciado sob Creative Commons.

7) Homenagem desenhada

Cartunista e ativista político, Carlos Latuff desenhou uma pungente homenagem.

Em tempo

Lawrence_lessig_and_aaron_swartz

Legenda: Aaron era um adolescente quando colaborou com Lawrence Lessig na redação das lincenças Creative Commons.

Para completar esta lista, 3 links para as criações fundamentais para o compartilhamento de conhecimento na rede que são hoje parte da biografia de Aaron Swarz:

8) Reddit

Aaron Swartz contribuiu para tornar mais aberta ainda a plataforma que encarna a habilidade “internética” da qual este post é a prova viva: internautas adoram compartilhar links interessantes.

9) Feeds RSS

Mais um recurso criado por Aaron em prol do compartilhamento de informação: do lado do usuário, a vantagem de poder ser informado de cada novidade de seus sites preferidos. Para os sites, mais um recurso de divulgação de informação.

10) Creative Commons

Comemorando 10 anos, a proposta do CC aposta na ideia de que a essência da internet é compartilhar, e conhecimento é um bem imaterial, ao qual os direitos de propriedade de bens materiais não se aplicam muito bem. Assista a um vídeo que explica tudo em português
neste link.