Na seLecT #38, publicada em fevereiro de 2018 e dedicada ao tema Gênero, a jornalista Luana Fortes discute o Lugar de fala, conceito explorado pela filósofa Djamila Ribeiro em livro homônimo. O questionamento da autoridade de vozes dominantes em relação aquelas que têm a experiência em seus próprios corpos é trazido para o campo da arte na seguinte formulação: “Pode um artista falar sobre tudo?”. A resposta, para Fortes, talvez esteja nas metodologias.
A jornalista analisa as obras do fotógrafo Miguel Rio Branco, da dupla Bárbara Wagner e Benjamin de Burca e da artista Anaisa Franco como exemplos complexos de nomes que falam sobre contextos diferentes dos quais pertencem, mas, ainda assim, mantêm uma relação respeitosa com seus colaboradores e com os assuntos tratados.
Nesta semana em que o conceito de lugar de fala voltou para o centro do debate público – após a historiadora Lilia Schwarcz publicar análise sobre o novo filme de Beyoncé na Folha de S.Paulo –, vale ler ou reler essa discussão aqui.