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Postado em 22/09/2011 - 6:46
Um Museu de bits e bytes
Nina Gazire

Museu de arte digital da Adobe apresenta Mariko Mori e Thomas Goetz

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Em Primal Rythm de Mariko Mori o sol projeta a sombra do Pilar através de uma esfera cristalina durante o solstício de inverno. Foto: Courtesy Mariko Mori Studio, Inc

Foi em março deste ano que a Adobe _ empresa americana de softwares para edição de imagens _ inaugurou o The Adobe Museum of Digital Media (AMDM), um museu inteiramente virtual dedicado a reunir trabalhos em suportes digitais. A primeira mostra oficial foi  Valley , do videoartista americano Tony Oursler. O museu dá seguimento ao seu programa de exposições, trazendo dois expoentes da cultura digital: a artista japonesa Mariko Mori e o editor executivo da revista Wired, Thomas Goetz.

Em Journey to Seven Light Bay, com curadoria de Tom Eccles _ diretor do Center for Curatorial Studies do Bard College de Nova York_ além de revistar alguns de seus trabalhos antológicos, Mariko Mori transpõe para o ambiente digital a sua mais nova criação, Rythm Primal. A obra, que está em construção em uma ilha próxima a costa de Okinawa, revisita a antiga tradição totêmica xintoísta, que através de seus monumentos celebra a natureza e suas mudanças cíclicas. Em Rythm Primal, a artista resgata esses marcadores primitivos ao construir um obelísco em cima de uma rocha oceânica que durante os solstícios, será atravessado diretamente pela luz do sol refletindo sua sombra em uma esfera cristalina loacalizada a sua frente.

Thomas Goetz, que participa de um programa especial de residência artística da Adobe, voltado para produtores de conetúdo digital, apresenta por meio de sua curadoria uma análise da presença dos dados digitais  no cotidiano. Na mostra InForm: Turning Data into Meaning, Goetz seleciona imagens e informações a partir de três bancos de dados: a Wikipedia, onde a informação é produzida coletivamente; o Twitter, onde a informação é multiplicada; e  redes sociais dedicadas ao mercado financeiro, onde se produzem dados fluidos e voláteis.

Para organizar os dados no espaço expositivo, Goetz convidou artistas que traduziram em informação visual o conjunto dos dados selecionados. Para o curador, a exposição celebra novas formas de produção do design visual, transformando a aglomeração vertiginosa dos dados interfaces de conhecimento.

Além das mostras de Mariko Mori e Thomas Goetz, ainda estão disponíveis para visualização a exposição de Tony Oursler e A+B=C, mostra do artista nipo-americano John Maeda. Para visitar as exposições no AMDM basta se cadastrar via email. O acesso é gratuito.