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Postado em 04/06/2014 - 6:50
Um novo arquivo de artemídia
Guilherme Kujawski

Pesquisadores na Áustria lançam novo banco de dados com mais de 5.000 verbetes sobre arte e tecnologia

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Legenda: Página inicial do Archive of Digital Art (ADA)

Há vários projetos no campo do arquivamento de obras de artemídia, formas de expressão baseadas em novas mídias e tecnologias: Rhizome ArtBase, o novo arquivo do Ars Electronica, o pioneiro Netzspannung, a Enciclopédia de Arte e Tecnologia do Itaú Cultural
e tantos outros. 

Entretanto, tirante o problema do financiamento, o que se espera é uma iniciativa em direção ao que o teórico austríaco Oliver Grau chama de “internacionalização dos arquivos da mídia arte”, como nos moldes dos arquivos de astronomia do EURO-VO, ou algo na linha da Europeana, uma biblioteca virtual desenvolvida pela União Européia.

Enquanto o sonho de Grau não se realiza, artistas e pesquisadores podem usufruir de um de seus projetos, o ADA (Archive of Digital Art), um desmembramento de um dos primeiros arquivos sobre o campo, o DVA (Database of Virtual Art), projeto coletivo que funcionou por mais de uma década. A iniciativa do ADA é da Universidade do Danúbio, localizada em Krems, cidade satélite de Viena, Áustria.

Há um desafio na documentação de obras de arte tecnológica, exatamente pelo seu aspecto efêmero e processual. Daí a aplicação de uma metodologia específica, chamada pelo conselho editorial de “conceito expandido de documentação”, que envolve a inserção de material de apoio que auxilie a descrição de uma obra de artemídia. 

O ADA conta com mais 5.000 verbetes sobre obras, artistas e eventos – que podem ser incrementados e atualizados por qualquer interessado cadastrado no sistema. Além das tradicionais descrições de obras (tarefa complexa em se tratando de artemídia), há também arquivos audiovisuais, dados técnicos, declarações de artistas, textos acadêmicos, bem como informações bibliográficas e listas de exposições e eventos.