Depois de um período de nove anos, Nelson Felix volta a expor em São Paulo
Legenda: Felix estabelecendo um de seus marcos geográficos (foto: divulgação)
Poesias e referências espaciais se juntam em duas exposições que marcam o retorno do artista carioca Nelson Felix a São Paulo: Verso, na Galeria Millan, e Verso (meu ouro, deixo aqui), no Instituto Tomie Ohtake. As duas são complementares e abordam a relação entre percepção poética e estruturas espaciais simples, como cantos (arestas) e versos (de reverso).
As exposições são extensões de um projeto no qual o artista viajou aos quatros extremos de Portugal (Bragança, Viana do Castelo, Sagres e Faro) com a missão de estabelecer marcos geográficos. Na última cidade, o bloco que serve de marco foi fixado com oito pontas de bronze, sobre as quais foram inscritos versos da poeta portuguesa Sophia de Mello Breyner.
A primeira exposição, Verso, é inspirada no fato de que a cidade de São Paulo encontra-se sobre uma linha imaginária que liga duas pequenas ilhas, uma no Oceano Pacífico e outra no Atlântico. Ao viajar para as ilhas, o artista cria o marco geográfico, agora não com pedras, mas com peças de latão que remetem a um trabalho do poeta visual catalão Joan Brossa.
Na segunda exposição, no Tomie Ohtake, o artista revela seu processo de criação por meio de desenhos elaborados durante suas várias ações psicogeográficas.
Serviço:
Verso – Galeria Millan
Abertura: 05/11, 20h
Visitação: 06/11 – 20/12, terça a sexta, 10h – 19h; sábados, 11h – 18h
Verso (meu ouro, deixo aqui) – Instituto Tomie Ohtake
Abertura: 12/11, 20h
Visitação: 13/11/2013 – 09/02/2014, terça a domingo, 11h – 20h